Zenit: a quase 8 meses da chacina de Garissa, qual a situação da segurança tendo em vista a visita do Papa?
Padre Rolandi: o Quênia levou muito a sério a visita do Papa e o governo está buscando enfatizar o fator segurança. Teme-se de maneira muito concreta que o grupo terrorista somaliano ‘Al Shabaab’ queira aproveitar da vinda do Papa para atacar novamente os cristãos do Quênia. Isto seria um verdadeiro desastre e então as ‘forças da ordem’ estão buscando fazer de tudo para tomar as devidas precauções.
Zenit: em quais encargos, especialmente, a comunidade salesiana foi envolvida?
Padre Rolandi: o nosso vigário inspetorial, padre Simon Asira Lipuku, é o presidente da comissão que está organizando o encontro do Santo Padre com os jovens, no dia 27 de novembro, antes de partir para Uganda. Ficamos surpresos pelo fato de que a Conferência Episcopal tenha pensado nos Salesianos para essa tarefa! Isto nos oferece a oportunidade de tomar conhecimento, de modo mais detalhado, da realidade juvenil no âmbito da Igreja Católica, no Quênia.
Zenit: quais as expectativas dessa visita?
Padre Rolandi: as expectativas são as de entrar em contato mais direto com um “Homem de Deus”, que com grande simplicidade diz coisas que fazem tremer os “poderosos em seus tronos”. A Igreja Católica e os membros da vida consagrada, em particular, estão esperando as suas palavras e planejando divulgá-las depois de sua visita, a fim de fazer ouvir a voz da Igreja acerca de muitos pontos de interesse, especialmente sobre as injustiças em nível social e político, e sobre as diferenças étnicas que estão a dividir o país.
Zenit: se pudesse falar com o Santo Padre,o que lhe diria?
Padre Rolandi: diria: “Santo Padre, aqui estou em Sua presença para saudá-Lo em nome de toda a Família Salesiana que vive e trabalha no Quênia. Queremos agradecê-lo por seu chamado presente onde se encontrem os jovens mais marginalizados, nas periferias da nossa sociedade... Aqui as periferias são enormes: há realmente espaço para tantos que queiram estar disponíveis! Ajude-nos com a Sua oração a ser apóstolos dos jovens, sempre com o sorriso sobre os lábios: não porque não nos demos conta dos problemas que existem, mas para que nos recusemos a nos entristecer por tudo quanto de negativo existe em nosso derredor”.
A entrevista completa está disponível, em italiano, aqui.
InfoANS com informações Zenit