O evento é promovido pela Ong “Africa Napukenda” e possui várias atividades que levam a realidade do continente africano a essa cidade espanhola. Nesta terça-feira, 9 de junho, os salesianos participaram da iniciativa projetando os documentários “Yo no soy bruja” (Eu não sou bruxa) e “No estoy en venta” (Não estou à venda).

 

 

Os dois documentários, informa a agência salesiana (InfoANS), são dirigidos por Raul de la Fuente, vencedor do Prêmio Goya pelo melhor filme, em 2014, “Minerita”, e apresentam duas realidades da África onde os direitos da crianças são violados. “Yo no soy bruja” conta uma realidade dramática em crescimento em algumas regiões da África: a das crianças acusadas de bruxaria porque são deficientes ou doentes. Como aconteceu com Georgette que hoje vive na estrutura salesiana “Hogar Don Bosco”, em Kara, Togo. A sua madrinha colocou as suas mãos na água fervendo. “Se não acontecesse nada, significaria que eu era uma bruxa, mas algo aconteceu e as minhas mãos ficaram marcadas para sempre”, disse ela.

 

 

 

“No estoy en venta” apresenta as histórias de Rachidi e Jules, duas crianças de Benin que foram vendidas e depois exploradas e maltratadas. O documentário mostra o trabalho dos salesianos para recuperar as crianças vítimas do tráfico e o compromisso dos religiosos de Madri em enfrentar ativamente este problema, lutando contra a exploração juvenil no setor agrícola, minerário, no campo da prostituição e escravidão doméstica. “Recebemos crianças que foram vendidas por 30 euros”, explicou padre Juan José Gómez, missionário salesiano espanhol, diretor do Centro de Acolhimento de Porto Novo, Benin, que hoje acolhe 30 crianças vítimas do tráfico.

 

 

“Os salesianos de Madri se confrontam a cada dia com essas situações, porque querem que essas crianças, que passaram por esses sofrimentos, reencontrem o sorriso, a autoestima e a alegria de viver”, conclui o comunicado da Agência Salesiana.

 

 

 

 

Vaticano News/Rádio Vaticana