Um dos principais problemas para as pessoas com carência motora, especialmente para os que têm lesões na medula espinhal, são as lesões de decúbito, ou seja, aqueles danos da pele advindos de estar sempre deitados ou em cadeira de rodas. Para não falar dos problemas de digestão, de descalcificação dos ossos das pernas, também advindos do ficar muito tempo na mesma posição.
De tudo isso sabem muito bem a “Dom Bosco Sobre Rodas”, associação civil coordenada pelo salesiano padre Jaime Reyes Retana, que se concentra nos jovens com deficiência motora a fim de ajudá-los a melhorar sua vida e apoiá-los na busca de mais autonomia. Como parte desse processo, a Associação criou a sociedade ‘Tecnología para la Autonomía y la Salud’ (TAS), que trabalha na elaboração de cadeiras de rodas personalizadas e noutros instrumentos que favorecem a autonomia dos seus beneficiários. Por ora, desenvolve somente a cadeira que permite aos usuários levantar-se em pé.
Aldo Alan Chavarría, um dos fundadores da “Dom Bosco Sobre Rodas”, explica que as vantagens são muitas: “melhora a nossa circulação e favorece a calcificação dos ossos; além de ajudar-nos a digestão. Mas ajuda também do ponto de vista psicológico e de espírito, dado que permite colocar-nos no mesmo nível de outras pessoas que estão em pé, quem sabe, em uma reunião... Para não falar das vantagens dentro de casa: se preciso de algo em uma mesa, me levanto com a cadeira e a alcanço”.
Como em todos os projetos ideados por TAS, a ideia é criar projetos personalizados e, sobretudo, segundo um esquema comercial justo. Assim, enquanto uma ‘bipedestação’ no mercado pode custar até a 80 mil pesos, as cadeiras-bipedestadoras TAS custam mais ou menos 11 mil pesos; com outras vantagens.
No YouTube está disponível um vídeo com a participação do padre Reyes Retana, SDB, no Foro Magis, celebrado na Universidade.
