“Os refugiados são protegidos pela comunidade salesiana à qual pertence também o padre Cuevas, que chegou pela primeira vez à República Centro-Africana há três anos, depois de viver em diversos países do continente. Junto com ele, trabalham em favor dos necessitados também o padre Jan Hübner, salesiano polonês, vigário da Comunidade desde 2010; e o salesiano irmão, Eynem Maguergue, de Ndajaména, Chade, diretor do oratório e encarregado da escola desde 2011.
A maior parte dos refugiados é mulheres e crianças que fugiram da violência “cega e gratuita”, esclarece o padre Cuevas , violência que explodiu na Capital centro-africana, Bangui, no dia 5 de dezembro do ano passado. Sem saber a quem se dirigir, em meio a um exército em debandada e alvo de fogo cruzado, muitas pessoas buscaram refúgio em lugares de culto. Em Galabadja, bairro de Bangui, bateram à porta da Comunidade salesiana, que por anos se esforçava por construir um pequeno oásis de serviço, composto por uma escola e um dispensário, sumamaente úteis a todo esse bairro esquecido.
Os refugiados, ainda hoje presentes no pátio da Igreja, não são os únicos que se detiveram na obra. Houve momentos em que eles passaram de 22.000, enchendo à cunha os edifícios e todos os espaços disponíveis da obra, ajeitando-se, para dormir, “sobre bancos e o pavimento da Igreja”, enquanto se ouvia lá fora o ruído dos disparos, das explosões dos morteiros e das granadas, que não terminavam.
O artigo na íntegra pode ser lido no site do jornal El Confidencial, que oferece mais informações sobre o trabalho dos missionários salesianos na República Centro-Africana e sobre os vários elementos do conflito ainda em curso.