Desde quando abriu as portas da Capela Santa Marta e o mundo passou a entrar para escutar as suas palavras, quatro manhãs por semana, o Papa Francisco não somente criou uma expectativa, como introduziu um hábito sem limites geográficos e contribuiu para alterar também as rotinas profissionais mais radicadas na “sua” Rádio, criando um espaço novo e extraordinário.
Desde 25 de março de 2013, quando o encontro da missa matutina do Papa Francisco começou a delinear-se como tal – isto é, na modalidade de um relatório público das suas homilias pronunciadas espontaneamente em um contexto “familiar” da Capela Santa Marta, no Vaticano – o trabalho jornalístico da Rádio Vaticano logo modelou-se à novidade. Já nos primeiros dias tomou forma a fileira de competências técnico-redacionais necessárias para produzir rapidamente uma síntese escrita, radiofónica e televisiva da homilia do dia, que em brevíssimo tempo tornou-se uma marca magistral do novo Papa.
Nasceu assim este “trabalho a mais”, mas “muito bem-vindo”, como o definiu o padre Federico Lombardi no prefácio do livro. Editado pela ‘Casa Editora Rizzoli’, no qual são revividas as palavras do Papa Francisco – assim como a Rádio Vaticano (Secção italiana) as publicou no seu site – e revive também a sua voz, com os seus destaques, as suas pausas, a incisividade do seu ensinamento de fé, o formidável impacto do seu estilo expressivo, graças ao CD áudio que será anexado à edição nas livrarias a partir de 7 de maio, quatro dias antes da apresentação do livro, programada para o Salão do Livro de Turim. As homilias matutinas do papa Francisco, escreve padre Lombardi, são aquelas “de um filho de Santo Inácio habituado a ajudar as almas a buscar e encontrar a vontade de Deus’, a cada dia, olhando e seguindo Jesus que carrega a Cruz para nos salvar, sob o olhar de amor do Pai”.
A Rádio Vaticano segue e continuará a fazer esta viagem espiritual do Papa, "do microfone ativado ao amanhecer aos ouvidos atentos, inteligências despertas e dedos velozes das secretarias de redação que transcrevem fielmente as palavras”, concluiu padre Lombardi.