Ela foi a mãe de Dom Bosco e uma mãe para os primeiros meninos de Valdocco. Mas hoje é mãe para todos os que partilham o carisma salesiano: para eles, ela é, de fato e simplesmente, "Mamãe Margarida". Em 2006 o Papa Bento XVI a declarou venerável, por ter vivido uma vida de virtudes heroicas. Nesta quarta-feira, 25 de novembro, em memória do aniversário do seu nascimento para o céu, os Salesianos celebrarão, em cada casa do mundo, uma santa missa pelos pais falecidos dos coirmãos.
Margarida Occhiena nasceu em Capriglio, a cerca de três quilômetros dos Bècchi, em 1788, e faleceu em Valdocco, no dia 25 de novembro de 1856. Devido ao seu envolvimento na missão de Dom Bosco, é também considerada a primeira Salesiana Cooperadora e, em muitos países, os Salesianos Cooperadores formaram, em sua homenagem, os “Laboratórios de Mamãe Margarida”, em apoio à missão salesiana.
Em 1988, no primeiro centenário da morte de Dom Bosco, também foi fundada, no Uruguai, a Associação Mamãe Margarida, que reúne e anima os pais de ‘Salesianos de Dom Bosco’.
Em Valdocco, berço do carisma salesiano, foi inaugurada, há alguns meses, uma estátua, benzida pelo Reitor-mor durante o Capítulo Geral 28 (CG28).
O que o Papa Francisco escreveu sobre Mamãe Margarida, na mensagem enviada ao CG28, dá um tom muito especial às celebrações da memória de Mamãe Margarida, este ano.
“O que seria de Valdocco sem a presença de Mamãe Margarida? Teriam sido possíveis suas casas sem esta mulher de fé? Em algumas regiões, ‘há comunidades que se mantiveram e transmitiram a fé durante longo tempo, mesmo décadas, sem que algum sacerdote passasse por lá. Isto foi possível graças à presença de mulheres fortes e generosas, que batizaram, catequizaram, ensinaram a rezar, foram missionárias, certamente chamadas e impelidas pelo Espírito Santo. Nesses lugares, as mulheres mantiveram, com admirável dedicação e fé ardente, durante séculos, a Igreja de pé’ (Exort. Ap. Postsin. «Querida Amazônia», 99).
Sem uma presença real, eficaz e afetiva das mulheres, às vossas obras faltariam coragem e capacidade de declinar a presença como hospitalidade, como lar. Diante do rigor que exclui, é preciso aprender a gerar a nova vida do Evangelho. Convido-vos a levar para a frente dinâmicas nas quais a voz das mulheres, o seu olhar e as suas ações – apreciadas na sua singularidade – encontrem eco na tomada de decisões; como ator não auxiliar, mas constitutivo, das vossas presenças.”
A mensagem do Papa e a memória da ação de Mamãe Margarida constituem um forte convite à Congregação Salesiana para progredir no caminho com os leigos e valorizar o gênio feminino na missão salesiana.