Padre René Santos: “A escola não é um sujeito neutro: educa para um certo modelo de pessoa e sociedade”

Segunda, 14 Janeiro 2019 09:29 Escrito por  ANS
O ponto de partida é positivo. Mas o serviço aos jovens requer sempre empenho, dedicação e contínua atualização. Nesta entrevista, o P. René Santos, referente para ‘Escolas Salesianas da América’ (ESA) no Dicastério para a Pastoral Juvenil, ilustra a situação das  escolas salesianas no Continente Americano.  

Qual a situação da escola salesiana, na América?

 

A escola salesiana, na América, é muito apreciada, quer pelas instituições, quer sobretudo pelo povo. Não só pela qualidade do ensino; também pela educação aos valores e pela contribuição social de que é portadora. Sua peculiar característica é que é uma escola popular, a qual, através do Sistema Preventivo, deseja ajudar os jovens a encontrarem seu lugar no mundo.

 

Pode-se dizer que realmente a ESA esteja a atuar a opção preferencial pelos jovens mais necessitados?

 

Certamente! Na Bolívia, só para dar um exemplo, há um excelente modelo: o das Escolas Populares Dom Bosco, fruto de uma aliança com o governo: é uma rede de escolas – públicas, como todas as escolas – para crianças e adolescentes carentes, dirigidas pelos Salesianos. E este é apenas um exemplo. Mas há outras realidades nos vários contextos.

 

Que percurso está a realizar a ESA desde que está à frente do setor como seu referente?

 

Foi-me confiado este encargo em abril de 2017 e logo depois, em maio, deu-se o chamado ‘ESA IV’, i. é, o quarto congresso da ESA. Meu trabalho consistiu sobretudo na coordenação do avanço das várias realidades geográficas, setoriais e de Família Salesiana, ao longo dos quatro eixos principais indicados por aquele congresso: 1. resposta salesiana às necessidade educativas dos jovens; 2. formação dos professores; 3. qualidade educativa; 4. sustentabilidade.

 

Quais agora os passos sucessivos?

 

O nosso trabalho não parte do nada. A primeira coisa portanto é avaliar o que já se veio fazendo. Em 2018 tivemos pela primeira vez reuniões regionais após a ‘ESA IV’: e surgiram muitas propostas. Em 2019 será a vez da avaliação do avanço dos processos e da partilha das boas práticas.

 

Que diz à ESA o Sínodo dos Jovens?

 

O sínodo pede-nos interrogar-nos acerca de que tipo de acompanhamento estamos dando aos jovens nas escolas, e para que projetos de vida os estamos levando. É que a escola não é um sujeito neutro: sempre educa a um certo modelo de pessoa e de sociedade. E a nós, devemos garantir-nos prosseguir sempre coerentes com os valores do Evangelho e com o contexto social em que operamos.

Fonte: ANS

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Padre René Santos: “A escola não é um sujeito neutro: educa para um certo modelo de pessoa e sociedade”

Segunda, 14 Janeiro 2019 09:29 Escrito por  ANS
O ponto de partida é positivo. Mas o serviço aos jovens requer sempre empenho, dedicação e contínua atualização. Nesta entrevista, o P. René Santos, referente para ‘Escolas Salesianas da América’ (ESA) no Dicastério para a Pastoral Juvenil, ilustra a situação das  escolas salesianas no Continente Americano.  

Qual a situação da escola salesiana, na América?

 

A escola salesiana, na América, é muito apreciada, quer pelas instituições, quer sobretudo pelo povo. Não só pela qualidade do ensino; também pela educação aos valores e pela contribuição social de que é portadora. Sua peculiar característica é que é uma escola popular, a qual, através do Sistema Preventivo, deseja ajudar os jovens a encontrarem seu lugar no mundo.

 

Pode-se dizer que realmente a ESA esteja a atuar a opção preferencial pelos jovens mais necessitados?

 

Certamente! Na Bolívia, só para dar um exemplo, há um excelente modelo: o das Escolas Populares Dom Bosco, fruto de uma aliança com o governo: é uma rede de escolas – públicas, como todas as escolas – para crianças e adolescentes carentes, dirigidas pelos Salesianos. E este é apenas um exemplo. Mas há outras realidades nos vários contextos.

 

Que percurso está a realizar a ESA desde que está à frente do setor como seu referente?

 

Foi-me confiado este encargo em abril de 2017 e logo depois, em maio, deu-se o chamado ‘ESA IV’, i. é, o quarto congresso da ESA. Meu trabalho consistiu sobretudo na coordenação do avanço das várias realidades geográficas, setoriais e de Família Salesiana, ao longo dos quatro eixos principais indicados por aquele congresso: 1. resposta salesiana às necessidade educativas dos jovens; 2. formação dos professores; 3. qualidade educativa; 4. sustentabilidade.

 

Quais agora os passos sucessivos?

 

O nosso trabalho não parte do nada. A primeira coisa portanto é avaliar o que já se veio fazendo. Em 2018 tivemos pela primeira vez reuniões regionais após a ‘ESA IV’: e surgiram muitas propostas. Em 2019 será a vez da avaliação do avanço dos processos e da partilha das boas práticas.

 

Que diz à ESA o Sínodo dos Jovens?

 

O sínodo pede-nos interrogar-nos acerca de que tipo de acompanhamento estamos dando aos jovens nas escolas, e para que projetos de vida os estamos levando. É que a escola não é um sujeito neutro: sempre educa a um certo modelo de pessoa e de sociedade. E a nós, devemos garantir-nos prosseguir sempre coerentes com os valores do Evangelho e com o contexto social em que operamos.

Fonte: ANS

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