No Colégio Castelo, a atividade foi proposta durante as aulas do componente curricular Projeto de Vida, em que os estudantes elaboraram uma caixa com pequenas frases de esperança e motivação, que eram distribuídas entre eles, além de professores e funcionários do colégio.
Durante a abordagem, eles conscientizam as pessoas sobre os fatores de risco para o comportamento suicida, além de orientar para o tratamento adequado.
“Os alunos receberam muito bem o tema. No primeiro momento íamos manter dentro do segmento, mas resolvemos expandir para outras esferas da escola. Eles se envolveram com o projeto, fizeram pesquisa e até mesmo criaram frases lindas para serem distribuídas. Foi importante porque despertou neles a consciência de apoio e respeito ao próximo”, explica o professor Renan Marinho.
A aluna da 1ª série, Letícia Hosken, participou da ação e aprovou a iniciativa. “Achei muito legal ter participado do trabalho. Acho que não devemos esperar apenas setembro para lembrar que essas coisas existem. O problema merece nossa atenção todos os dias do ano. Eu sempre procuro ser escuta das pessoas, procuro conversar e orientar também. É sempre importante estarmos atentos”, conta.
Já os alunos do curso de Psicologia da Faculdade Católica Salesiana realizaram a campanha “Setembro Amarelo Juntos pela Vida”, indo das dependências da faculdade até as ruas da cidade, realizando abordagens de pessoas e conversando sobre o problema, que afeta cerca de 10 a 20 milhões de indivíduos por ano, segundo estimativas do Centro de Valorização da Vida (CVV).
Os estudantes distribuíram cartilhas contendo informações importantes sobre programas de saúde pública, ações voluntárias e orientações em caso de emergência.
As ações também incluíram a elaboração de todo o material impresso e digital, a visita da equipe nas salas de aulas de outros cursos da Católica Salesiana, bem como uma roda de conversa e dinâmica com o grupo de jovens que faz parte da ONG Viva Lagos e uma entrevista na rádio local.
A ideia da campanha foi uma iniciativa dos alunos, de forma voluntária. “Acreditamos que essas ações também promovam saúde, principalmente mental, além de ser um recurso de prevenção e auxílio. Vivemos em um país no qual ainda se têm recursos públicos que promovem saúde mental e isso é muito rico, mas pouco conhecido”, explica a aluna Carolina Machado.
“Quando há um caso de suicídio, muitas pessoas são afetadas. Nos encontros, nós pudemos conversar sobre questões de saúde, alimentação e o cuidado físico, que é importante. Na instituição de ensino, conversamos com alunos, professores e, nas abordagens, ouvimos relatos de pessoas que de alguma forma tiveram contato com alguém que cometeu suicídio. É nosso dever, como futuros psicólogos, tratar o assunto com atenção e respeito, além de direcionar e levar informações científicas pertinentes à sociedade”, pontua a aluna Zerife Heringer.
Fonte: Alysson Nogueira
