República Democrática do Congo: a história de Daniel

Quarta, 06 Mai 2020 11:59 Escrito por  Agência Info Salesiana
Daniel se perdeu de sua família quando os rebeldes do M23 invadiram a cidade de Goma. Distante dos seus familiares, morou na rua até ser recebido no Centro Dom Bosco. Saiba mais sobre essa história!


Daniel vivia com sua família em Goma. Quando os rebeldes do M23 ocuparam a cidade, em novembro de 2012, Daniel tinha 10 anos. Sua família fugiu para o Norte, junto com muitas outras pessoas. Quando estavam perto do Parque Virunga, os seus decidiram voltar para trás. Nesse movimento, Daniel perdeu o contato com a família: procurou-a por toda parte, mas não conseguiu achar. Chegou de barco a Bukavu e, sem conhecer ninguém, depois de algum tempo se viu convivendo com meninos de rua.

Ainda que desanimado, foi aos poucos se adaptando a esse tipo de vida: para sobreviver, transportava lixo e procurava peças de ferro abandonadas, para vender aos comerciantes de metal. Um dia, um amigo lhe disse que no Centro Dom Bosco recebiam meninos de rua. Acompanhou-o até lá. Daniel foi aceito. Esse amigo lhe mudou a vida!

No Centro Dom Bosco, Daniel foi incluído num ciclo de alfabetização e recuperação escolar, intercalado, nos meses de verão, pela colônia de férias organizada pela instituição. Em novembro de 2019 iniciou a formação profissional em carpintaria, que continuou até o início de março de 2020.

No Centro Dom Bosco Daniel se adaptou muito bem, demonstrando o desejo de deixar a rua. Falou a Bienvenu Karume, assistente social do centro, sobre seus pais e deu indicações bastante precisas sobre onde sua família morava em Goma. Seguindo essa informação, Bienvenu encontrou pessoas que tinham conhecido os pais de Daniel: após mais buscas, encontrou também o telefone do pai de Daniel, que havia emigrado com sua família para Nairóbi, no Quênia.

O pai pensava que Daniel estivesse morto, mas, assim que soube que estava vivo, pediu a Daniel para voltar. O garoto também queria. Bienvenu fez toda a papelada e Daniel, depois de dizer uma palavra de despedida aos amigos e ao diretor do Centro, padre Piero Gavioli, partiu para uma longa viagem ao Quênia, atravessando o Ruanda e a Uganda.

Em Nairóbi, o menino foi calorosamente acolhido pelos pais e irmãos, que tinham a alegria de reencontrar um filho e um irmão, perdido havia sete anos. E, mais: o diretor do Dom Bosco Boys' Town concordou em incluir Daniel no curso de carpintaria.

Daniel faz parte de um primeiro grupo de 20 jovens que foram aceitos no internato salesiano como parte de um projeto desenvolvido pelo Centro Dom Bosco em Bukavu, com o apoio da ONG Coopération Louvain. Esse projeto, lançado em 4 de abril de 2019, tem duração de três anos e prevê o acolhimento e a reunificação familiar de 20 meninos em situação de rua, cada ano, para um total de 60 jovens beneficiários.

 

Fonte: Agência Info Salesiana

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Última modificação em Quarta, 06 Mai 2020 12:05

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República Democrática do Congo: a história de Daniel

Quarta, 06 Mai 2020 11:59 Escrito por  Agência Info Salesiana
Daniel se perdeu de sua família quando os rebeldes do M23 invadiram a cidade de Goma. Distante dos seus familiares, morou na rua até ser recebido no Centro Dom Bosco. Saiba mais sobre essa história!


Daniel vivia com sua família em Goma. Quando os rebeldes do M23 ocuparam a cidade, em novembro de 2012, Daniel tinha 10 anos. Sua família fugiu para o Norte, junto com muitas outras pessoas. Quando estavam perto do Parque Virunga, os seus decidiram voltar para trás. Nesse movimento, Daniel perdeu o contato com a família: procurou-a por toda parte, mas não conseguiu achar. Chegou de barco a Bukavu e, sem conhecer ninguém, depois de algum tempo se viu convivendo com meninos de rua.

Ainda que desanimado, foi aos poucos se adaptando a esse tipo de vida: para sobreviver, transportava lixo e procurava peças de ferro abandonadas, para vender aos comerciantes de metal. Um dia, um amigo lhe disse que no Centro Dom Bosco recebiam meninos de rua. Acompanhou-o até lá. Daniel foi aceito. Esse amigo lhe mudou a vida!

No Centro Dom Bosco, Daniel foi incluído num ciclo de alfabetização e recuperação escolar, intercalado, nos meses de verão, pela colônia de férias organizada pela instituição. Em novembro de 2019 iniciou a formação profissional em carpintaria, que continuou até o início de março de 2020.

No Centro Dom Bosco Daniel se adaptou muito bem, demonstrando o desejo de deixar a rua. Falou a Bienvenu Karume, assistente social do centro, sobre seus pais e deu indicações bastante precisas sobre onde sua família morava em Goma. Seguindo essa informação, Bienvenu encontrou pessoas que tinham conhecido os pais de Daniel: após mais buscas, encontrou também o telefone do pai de Daniel, que havia emigrado com sua família para Nairóbi, no Quênia.

O pai pensava que Daniel estivesse morto, mas, assim que soube que estava vivo, pediu a Daniel para voltar. O garoto também queria. Bienvenu fez toda a papelada e Daniel, depois de dizer uma palavra de despedida aos amigos e ao diretor do Centro, padre Piero Gavioli, partiu para uma longa viagem ao Quênia, atravessando o Ruanda e a Uganda.

Em Nairóbi, o menino foi calorosamente acolhido pelos pais e irmãos, que tinham a alegria de reencontrar um filho e um irmão, perdido havia sete anos. E, mais: o diretor do Dom Bosco Boys' Town concordou em incluir Daniel no curso de carpintaria.

Daniel faz parte de um primeiro grupo de 20 jovens que foram aceitos no internato salesiano como parte de um projeto desenvolvido pelo Centro Dom Bosco em Bukavu, com o apoio da ONG Coopération Louvain. Esse projeto, lançado em 4 de abril de 2019, tem duração de três anos e prevê o acolhimento e a reunificação familiar de 20 meninos em situação de rua, cada ano, para um total de 60 jovens beneficiários.

 

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