Angola: Berta, a Mamãe Margarida de Luanda

Quarta, 29 Janeiro 2020 14:49 Escrito por  Agência Info Salesiana
Conheça a história de Berta, uma angolona que criou e educou, em sua casa, mais de 100 crianças abandonadas, que ela recolhia nas ruas.


A poucos dias das comemorações de Dom Bosco, é impossível não lembrar de uma das figuras mais importantes de sua vida, Mamãe Margarida. Assim como muitos missionários salesianos representam a imagem viva do fundador dos salesianos no século XXI, também existem muitas ‘Mamães Margaridas’, que multiplicam a obra dos missionários com pessoas desfavorecidas, em mais de 130 países ao redor do mundo. Uma delas é Berta André, mulher angolana, que passou sua vida em um dos bairros mais pobres e perigosos da capital do país, Luanda.

Ali, Berta foi capaz de criar cinco filhos até a universidade, adotar outros três, criar e educar, em sua casa, mais de 100 crianças abandonadas, que recolhia nas ruas ou que, durante a guerra, haviam sido enviadas para Luanda por suas mães.

Sua vida não foi fácil: o marido, alcoólatra, saiu de casa, deixando-a com cinco filhos pequenos: Ecson, Estanislau, Brígida, Luzia e Jorge. Mais tarde, quando os salesianos começaram a cuidar das crianças de rua e precisavam de uma mãe para todos eles, Berta deixou o emprego.

No final dos anos 90, se mudou com os cinco filhos para uma pequena casa, onde pretendia cuidar de oito crianças de rua. Uma semana depois, o número de crianças subiu para 12 e, no fim de um ano, cuidava de 25 menores. “Meus filhos mais velhos me ajudavam muito e todos se tratavam como irmãos e irmãs. De manhã, eu me levantava para preparar o café, pegar água para o banho, levá-los para a escola, cuidar deles quando estavam doentes... Tudo era feito com bastante sacrifício".

Berta foi, e ainda é, muito mais que uma mãe para todos eles, além de ser um símbolo para todo o bairro – uma vez que utiliza parte de seu tempo para visitar os doentes e ser uma espécie de guia na comunidade, atuando como professora, catequista, enfermeira, pedreira... “Já sinto algumas dores, mas quero me acabar doando-me pelos outros”.

“Os missionários disseram que o Senhor me escolheu. Eles me ajudaram a descobrir que devemos nos doar para os outros, assim como fez Dom Bosco. Já cheguei a pensar em desistir. Mas Deus e Maria Auxiliadora sempre me ajudaram”, destaca.

Berta conhece a vida de Mamãe Margarida e diz: "As mesmas coisas aconteceram comigo; eu também, em algumas ocasiões, cheguei a ser roubada pelos meninos, mas, quando você trabalha com o coração, tudo fica mais fácil. E acrescenta: tudo é obra de Deus. Conseguimos ajudar muitas crianças, preparando-as a integrar-se novamente em suas famílias e na sociedade, restaurando a sua dignidade. Não sei como agradecer a Deus e a Dom Bosco por tudo isso!".

O maior orgulho de Berta são os mais de 100 menores que passaram por sua casa e que ela sempre tratou como filhos: "Os filhos que tive foram exemplares".


Fonte: Agência Info Salesiana

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Última modificação em Quarta, 29 Janeiro 2020 14:56

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Angola: Berta, a Mamãe Margarida de Luanda

Quarta, 29 Janeiro 2020 14:49 Escrito por  Agência Info Salesiana
Conheça a história de Berta, uma angolona que criou e educou, em sua casa, mais de 100 crianças abandonadas, que ela recolhia nas ruas.


A poucos dias das comemorações de Dom Bosco, é impossível não lembrar de uma das figuras mais importantes de sua vida, Mamãe Margarida. Assim como muitos missionários salesianos representam a imagem viva do fundador dos salesianos no século XXI, também existem muitas ‘Mamães Margaridas’, que multiplicam a obra dos missionários com pessoas desfavorecidas, em mais de 130 países ao redor do mundo. Uma delas é Berta André, mulher angolana, que passou sua vida em um dos bairros mais pobres e perigosos da capital do país, Luanda.

Ali, Berta foi capaz de criar cinco filhos até a universidade, adotar outros três, criar e educar, em sua casa, mais de 100 crianças abandonadas, que recolhia nas ruas ou que, durante a guerra, haviam sido enviadas para Luanda por suas mães.

Sua vida não foi fácil: o marido, alcoólatra, saiu de casa, deixando-a com cinco filhos pequenos: Ecson, Estanislau, Brígida, Luzia e Jorge. Mais tarde, quando os salesianos começaram a cuidar das crianças de rua e precisavam de uma mãe para todos eles, Berta deixou o emprego.

No final dos anos 90, se mudou com os cinco filhos para uma pequena casa, onde pretendia cuidar de oito crianças de rua. Uma semana depois, o número de crianças subiu para 12 e, no fim de um ano, cuidava de 25 menores. “Meus filhos mais velhos me ajudavam muito e todos se tratavam como irmãos e irmãs. De manhã, eu me levantava para preparar o café, pegar água para o banho, levá-los para a escola, cuidar deles quando estavam doentes... Tudo era feito com bastante sacrifício".

Berta foi, e ainda é, muito mais que uma mãe para todos eles, além de ser um símbolo para todo o bairro – uma vez que utiliza parte de seu tempo para visitar os doentes e ser uma espécie de guia na comunidade, atuando como professora, catequista, enfermeira, pedreira... “Já sinto algumas dores, mas quero me acabar doando-me pelos outros”.

“Os missionários disseram que o Senhor me escolheu. Eles me ajudaram a descobrir que devemos nos doar para os outros, assim como fez Dom Bosco. Já cheguei a pensar em desistir. Mas Deus e Maria Auxiliadora sempre me ajudaram”, destaca.

Berta conhece a vida de Mamãe Margarida e diz: "As mesmas coisas aconteceram comigo; eu também, em algumas ocasiões, cheguei a ser roubada pelos meninos, mas, quando você trabalha com o coração, tudo fica mais fácil. E acrescenta: tudo é obra de Deus. Conseguimos ajudar muitas crianças, preparando-as a integrar-se novamente em suas famílias e na sociedade, restaurando a sua dignidade. Não sei como agradecer a Deus e a Dom Bosco por tudo isso!".

O maior orgulho de Berta são os mais de 100 menores que passaram por sua casa e que ela sempre tratou como filhos: "Os filhos que tive foram exemplares".


Fonte: Agência Info Salesiana

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