Editorial: “Bons cristãos e honestos cidadãos”

Quarta, 08 Janeiro 2020 13:40 Escrito por  Pe. Tarcizio Odelli
Na apresentação da Estreia deste novo ano, 2020, o Reitor-mor pede que ela seja como que “o fio condutor” da pastoral em todas as atividades que se realizam no mundo salesiano. Para a educação e a evangelização dos jovens e das jovens, a Família Salesiana de Dom Bosco herdou o binômio “bons cristãos e honestos cidadãos”. Se constata uma crescente fragilidade no sentido de que nem sempre somos apóstolos missionários e nem sempre educamos os jovens para a cidadania.  

Dom Bosco, no seu contexto e no mundo de então, soube dar respostas. Viveu e inculcou uma espiritualidade vivida no cotidiano, marcada por um clima de amizade, cordialidade, familiaridade e muito amor; e assim formou jovens cristãos ardorosos, cidadãos convictos, entre eles os “primeiros salesianos” que iriam dar origem à grande e “belíssima árvore” da sua família espiritual. Como diz o Reitor-mor em seu artigo para este Boletim, “uma árvore que hoje tem milhares de amigos e de benfeitores graças aos quais podemos fazer muito bem. Uma árvore que tem como ramos milhares e milhares de leigos que compartilham o carisma de Dom Bosco e que diariamente trabalham nas obras da Família Salesiana em todo o mundo”.

 

A população juvenil no mundo é numerosa e jamais foi tão pobre e tão necessitada como é hoje, tanto pelo número, como também pelas condições de vida, diz o padre Ángel. É preciso ir ao encontro das suas situações reais, tais como falta de oportunidades, de formação e de inserção no mundo do trabalho, entre outras.

 

Por que percebemos tantos sofrimentos e não nos sensibilizamos? Por que vemos crescer tantas formas de violência, agressividade e destruição e não fazemos nada para buscar a fraternidade? Neste sentido, o artigo do padre João Mendonça, “É possível discernir”, afirma que os jovens se encontram hoje num mundo marcado por situações efêmeras, imediatas, de aparências. Buscam uma felicidade individualista e consumista. E para se formar o bom cristão e o honesto cidadão se requer que o jovem abandone o egocentrismo e, afastando-se destas situações, possa “saber julgar sem paixões ou impulsos de momento” e colocar o seu projeto de vida “no centro de suas escolhas. O contrário é o falimento da liberdade e da disciplina pessoal”. E não conseguirá discernir.

 

Entre os objetivos da Campanha da Fraternidade para este ano, pede-se para “despertar os jovens para o dom e a beleza da vida, motivando-lhes o engajamento em ações de cuidado mútuo, especialmente de outros jovens em situação de sofrimento e desesperanças”.

 

Uma atitude fundamental do educador ou da educadora é saber escutar. A irmã Márcia Koffermann fala disso no seu artigo “Escuta: base do diálogo”. Hoje todos querem falar, falar de todas as maneiras possíveis, para escrever ou dizer “aquilo que pensam, sentem, sabem, acreditam”. E faltam pessoas que escutem. No fato das Memórias Biográficas, apresentado pelo padre Osmar Bezutte, vemos um Dom Bosco que se coloca nas mãos do seu diretor, o sorridente e afável padre Cafasso, e o escuta atentamente, para poder discernir o caminho vocacional a seguir. E teve êxito nesta sua escuta, pois obedecendo a sua voz, se tornou o “Pai e Mestre da juventude”.

 

No binômio “bons cristãos e honestos cidadãos” e no tema da Campanha da Fraternidade, que coloca a vida como “dom e compromisso”, temos um projeto evangelizador e educativo para programar bem as nossas atividades educativo-pastorais neste ano que se inicia. No dizer do padre Agnaldo Soares, “se você acredita na força do bem e do amor, não pare e não desista nunca. Continue a semear pequenos gestos de bondade, que vão sempre fazer a diferença e vão irradiar felicidade e esperança em muitas vidas”.

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Editorial: “Bons cristãos e honestos cidadãos”

Quarta, 08 Janeiro 2020 13:40 Escrito por  Pe. Tarcizio Odelli
Na apresentação da Estreia deste novo ano, 2020, o Reitor-mor pede que ela seja como que “o fio condutor” da pastoral em todas as atividades que se realizam no mundo salesiano. Para a educação e a evangelização dos jovens e das jovens, a Família Salesiana de Dom Bosco herdou o binômio “bons cristãos e honestos cidadãos”. Se constata uma crescente fragilidade no sentido de que nem sempre somos apóstolos missionários e nem sempre educamos os jovens para a cidadania.  

Dom Bosco, no seu contexto e no mundo de então, soube dar respostas. Viveu e inculcou uma espiritualidade vivida no cotidiano, marcada por um clima de amizade, cordialidade, familiaridade e muito amor; e assim formou jovens cristãos ardorosos, cidadãos convictos, entre eles os “primeiros salesianos” que iriam dar origem à grande e “belíssima árvore” da sua família espiritual. Como diz o Reitor-mor em seu artigo para este Boletim, “uma árvore que hoje tem milhares de amigos e de benfeitores graças aos quais podemos fazer muito bem. Uma árvore que tem como ramos milhares e milhares de leigos que compartilham o carisma de Dom Bosco e que diariamente trabalham nas obras da Família Salesiana em todo o mundo”.

 

A população juvenil no mundo é numerosa e jamais foi tão pobre e tão necessitada como é hoje, tanto pelo número, como também pelas condições de vida, diz o padre Ángel. É preciso ir ao encontro das suas situações reais, tais como falta de oportunidades, de formação e de inserção no mundo do trabalho, entre outras.

 

Por que percebemos tantos sofrimentos e não nos sensibilizamos? Por que vemos crescer tantas formas de violência, agressividade e destruição e não fazemos nada para buscar a fraternidade? Neste sentido, o artigo do padre João Mendonça, “É possível discernir”, afirma que os jovens se encontram hoje num mundo marcado por situações efêmeras, imediatas, de aparências. Buscam uma felicidade individualista e consumista. E para se formar o bom cristão e o honesto cidadão se requer que o jovem abandone o egocentrismo e, afastando-se destas situações, possa “saber julgar sem paixões ou impulsos de momento” e colocar o seu projeto de vida “no centro de suas escolhas. O contrário é o falimento da liberdade e da disciplina pessoal”. E não conseguirá discernir.

 

Entre os objetivos da Campanha da Fraternidade para este ano, pede-se para “despertar os jovens para o dom e a beleza da vida, motivando-lhes o engajamento em ações de cuidado mútuo, especialmente de outros jovens em situação de sofrimento e desesperanças”.

 

Uma atitude fundamental do educador ou da educadora é saber escutar. A irmã Márcia Koffermann fala disso no seu artigo “Escuta: base do diálogo”. Hoje todos querem falar, falar de todas as maneiras possíveis, para escrever ou dizer “aquilo que pensam, sentem, sabem, acreditam”. E faltam pessoas que escutem. No fato das Memórias Biográficas, apresentado pelo padre Osmar Bezutte, vemos um Dom Bosco que se coloca nas mãos do seu diretor, o sorridente e afável padre Cafasso, e o escuta atentamente, para poder discernir o caminho vocacional a seguir. E teve êxito nesta sua escuta, pois obedecendo a sua voz, se tornou o “Pai e Mestre da juventude”.

 

No binômio “bons cristãos e honestos cidadãos” e no tema da Campanha da Fraternidade, que coloca a vida como “dom e compromisso”, temos um projeto evangelizador e educativo para programar bem as nossas atividades educativo-pastorais neste ano que se inicia. No dizer do padre Agnaldo Soares, “se você acredita na força do bem e do amor, não pare e não desista nunca. Continue a semear pequenos gestos de bondade, que vão sempre fazer a diferença e vão irradiar felicidade e esperança em muitas vidas”.

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