Voluntários da Operação Mato Grosso encerram ciclo de atividades

Terça, 26 Novembro 2019 17:11 Escrito por  Missão Salesiana de Mato Grosso
Foram ao todo 67 jovens que participaram de um mutirão nas aldeias São Pedro, São José e São Gabriel.


Eles ficaram seis meses no Brasil, trabalhando entre “os pobres mais pobres do Reino”. Uma experiência que passou por três estados: Goiás, Tocantins e Mato Grosso. Agora, devem voltar para suas casas carregando uma experiência que transformou completamente a vida de cada um. Ao todo são 67 jovens que vieram participar de um mutirão nas aldeias São Pedro, São José e São Gabriel. “Esse mutirão é um campo de trabalho de despedida dos jovens que vieram fazer a experiência de seis meses nas casas da operação Mato Grosso”, esclarece Vanderley Miranda, presidente do Centro Social Alvorada, que organizou as atividades do mutirão.

Em Campinápolis, MT, eles permaneceram entre os dias 18 e 22 de novembro. Lá, eles trabalharam na aldeia São Pedro, fazendo reforma na escola, reparos na casa dos missionários, conserto de telhados de casas e da igreja, onde também fizeram pinturas e acabamento. Na aldeia São Gabriel, eles atuaram nas obras de reparos em uma construção recente que tinha sido destruída por um incêndio há algumas semanas.

Clemílson é o responsável por acompanhar os jovens Xavante do internato, que vieram da aldeia e estudam na escola em Novo São Joaquim. Ele se considera um privilegiado por poder fazer essa experiência que considera extremamente rica, humana e espiritual. “A gente muitas vezes fala em pobreza e fica só na teoria. Quando a gente dá um passo mais para trás e tem essa graça de vir trabalhar nas aldeias, a gente consegue ver isso concretamente. Na verdade, quem tem muita sorte somos nós que tivemos essa oportunidade de ter vindo fazer algo puro, bom e verdadeiro para quem precisa de verdade”, afirma.

Ursula e Pietro são italianos. Ela é de Ginosa e ele de Verona. Passaram seis meses trabalhando com jovens pobres no Brasil em oratórios e internatos. Ambos reconhecem que a experiência de ajudar quem precisa foi transformadora para eles mesmos. Afirmam que tentaram transmitir um sentido belo para a vida, mesmo diante das dificuldades e ficaram satisfeitos com o resultado. “Fiz caridade, ajudei a limpar a casa dos idosos, conversei com eles, fiz companhia a eles. Agradeço muito por essa experiência que sempre vou guardar no meu coração”, afirma Úrsula. “Tentei falar para eles algo de bom, diferente daquilo que eles enxergam todos os dias. Foi bom demais, eu gostei”, declara emocionado, Pietro, que tem apenas 19 anos.

Outro voluntário estrangeiro é Ivan, que veio do Peru, onde conheceu o fundador e guia espiritual da Operação Mato Grosso, o padre Ugo De Censi, falecido em dezembro de 2018. Ele também considera a experiência vivida um caso de sorte. “Para mim foi uma coisa lindíssima, porque nunca antes tive a possibilidade de ver essa realidade e muito menos vivê-la. Desta vez tive a grande sorte de estar no meio deles e tentar, junto a outros meninos, fazer algo que dê algum bem-estar tanto às crianças e jovens quanto às suas famílias. Então, estou muito feliz, com certeza, com esta experiência”, declara entusiasmado.

Entre tantos voluntários estrangeiros está um brasileiro. Andrew Nascimento Firmino, de 23 anos, que mora em Brasília e passou uma temporada na aldeia Santa Clara. Ele reconhece ter feito um grande aprendizado durante o período de voluntariado. “Tenho aprendido a viver mais a simplicidade nesse contato com os Xavantes, vendo como eles vivem e também buscando estar perto deles, estar junto deles. Tudo o que vivi aqui me faz pensar muito nas minhas escolhas de vida, em quem eu sou fora daqui, nas escolhas que eu faço fora daqui para me tornar uma pessoa melhor e assim ajudar as outras pessoas também”, reconhece o jovem.

A gratidão se torna uma via de duas mãos nas palavras do Xavante Adelmo Tsowabdzé, da aldeia Santa Clara. “O trabalho que eles fizeram aqui foi muito bom para ajudar as pessoas que mais precisam. Nas aldeias em que eu fui, as pessoas ficaram muito contentes pelo trabalho que eles fizeram, tanto os velhos como os jovens”, reconhece o indígena.

De acordo com o coordenador de Pastoral da comunidade de Nova Xavantina, diácono salesiano José Alves de Oliveira, os voluntários também ajudaram a fazer reparos na estrutura de saneamento da aldeia São José. “A gente fica feliz, como salesiano, porque esse trabalho, reconhecido internacionalmente, está sendo feito aqui na paróquia de São Domingos Sávio, que abrange todas essas aldeias, e tem como pároco o padre Bartolomeo Giaccaria, notável missionário salesiano em terras xavante.

Na festa de despedida do grupo de voluntários em Campinápolis, José Alves lembrou que não importa o tamanho ou o grau de dificuldade e especialização necessários no trabalho feito na comunidade, mas sim a forma e a dedicação que foram dados nessa atividade. “O importante é que foi um gesto de amor. E esse amor é uma pequena sementinha que encontrou terreno fértil no coração de cada membro da comunidade, e essa sementinha vai, com certeza, dar muitas flores e frutos”, afirmou.



Fonte: Missão Salesiana de Mato Grosso

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Última modificação em Terça, 26 Novembro 2019 17:18

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Voluntários da Operação Mato Grosso encerram ciclo de atividades

Terça, 26 Novembro 2019 17:11 Escrito por  Missão Salesiana de Mato Grosso
Foram ao todo 67 jovens que participaram de um mutirão nas aldeias São Pedro, São José e São Gabriel.


Eles ficaram seis meses no Brasil, trabalhando entre “os pobres mais pobres do Reino”. Uma experiência que passou por três estados: Goiás, Tocantins e Mato Grosso. Agora, devem voltar para suas casas carregando uma experiência que transformou completamente a vida de cada um. Ao todo são 67 jovens que vieram participar de um mutirão nas aldeias São Pedro, São José e São Gabriel. “Esse mutirão é um campo de trabalho de despedida dos jovens que vieram fazer a experiência de seis meses nas casas da operação Mato Grosso”, esclarece Vanderley Miranda, presidente do Centro Social Alvorada, que organizou as atividades do mutirão.

Em Campinápolis, MT, eles permaneceram entre os dias 18 e 22 de novembro. Lá, eles trabalharam na aldeia São Pedro, fazendo reforma na escola, reparos na casa dos missionários, conserto de telhados de casas e da igreja, onde também fizeram pinturas e acabamento. Na aldeia São Gabriel, eles atuaram nas obras de reparos em uma construção recente que tinha sido destruída por um incêndio há algumas semanas.

Clemílson é o responsável por acompanhar os jovens Xavante do internato, que vieram da aldeia e estudam na escola em Novo São Joaquim. Ele se considera um privilegiado por poder fazer essa experiência que considera extremamente rica, humana e espiritual. “A gente muitas vezes fala em pobreza e fica só na teoria. Quando a gente dá um passo mais para trás e tem essa graça de vir trabalhar nas aldeias, a gente consegue ver isso concretamente. Na verdade, quem tem muita sorte somos nós que tivemos essa oportunidade de ter vindo fazer algo puro, bom e verdadeiro para quem precisa de verdade”, afirma.

Ursula e Pietro são italianos. Ela é de Ginosa e ele de Verona. Passaram seis meses trabalhando com jovens pobres no Brasil em oratórios e internatos. Ambos reconhecem que a experiência de ajudar quem precisa foi transformadora para eles mesmos. Afirmam que tentaram transmitir um sentido belo para a vida, mesmo diante das dificuldades e ficaram satisfeitos com o resultado. “Fiz caridade, ajudei a limpar a casa dos idosos, conversei com eles, fiz companhia a eles. Agradeço muito por essa experiência que sempre vou guardar no meu coração”, afirma Úrsula. “Tentei falar para eles algo de bom, diferente daquilo que eles enxergam todos os dias. Foi bom demais, eu gostei”, declara emocionado, Pietro, que tem apenas 19 anos.

Outro voluntário estrangeiro é Ivan, que veio do Peru, onde conheceu o fundador e guia espiritual da Operação Mato Grosso, o padre Ugo De Censi, falecido em dezembro de 2018. Ele também considera a experiência vivida um caso de sorte. “Para mim foi uma coisa lindíssima, porque nunca antes tive a possibilidade de ver essa realidade e muito menos vivê-la. Desta vez tive a grande sorte de estar no meio deles e tentar, junto a outros meninos, fazer algo que dê algum bem-estar tanto às crianças e jovens quanto às suas famílias. Então, estou muito feliz, com certeza, com esta experiência”, declara entusiasmado.

Entre tantos voluntários estrangeiros está um brasileiro. Andrew Nascimento Firmino, de 23 anos, que mora em Brasília e passou uma temporada na aldeia Santa Clara. Ele reconhece ter feito um grande aprendizado durante o período de voluntariado. “Tenho aprendido a viver mais a simplicidade nesse contato com os Xavantes, vendo como eles vivem e também buscando estar perto deles, estar junto deles. Tudo o que vivi aqui me faz pensar muito nas minhas escolhas de vida, em quem eu sou fora daqui, nas escolhas que eu faço fora daqui para me tornar uma pessoa melhor e assim ajudar as outras pessoas também”, reconhece o jovem.

A gratidão se torna uma via de duas mãos nas palavras do Xavante Adelmo Tsowabdzé, da aldeia Santa Clara. “O trabalho que eles fizeram aqui foi muito bom para ajudar as pessoas que mais precisam. Nas aldeias em que eu fui, as pessoas ficaram muito contentes pelo trabalho que eles fizeram, tanto os velhos como os jovens”, reconhece o indígena.

De acordo com o coordenador de Pastoral da comunidade de Nova Xavantina, diácono salesiano José Alves de Oliveira, os voluntários também ajudaram a fazer reparos na estrutura de saneamento da aldeia São José. “A gente fica feliz, como salesiano, porque esse trabalho, reconhecido internacionalmente, está sendo feito aqui na paróquia de São Domingos Sávio, que abrange todas essas aldeias, e tem como pároco o padre Bartolomeo Giaccaria, notável missionário salesiano em terras xavante.

Na festa de despedida do grupo de voluntários em Campinápolis, José Alves lembrou que não importa o tamanho ou o grau de dificuldade e especialização necessários no trabalho feito na comunidade, mas sim a forma e a dedicação que foram dados nessa atividade. “O importante é que foi um gesto de amor. E esse amor é uma pequena sementinha que encontrou terreno fértil no coração de cada membro da comunidade, e essa sementinha vai, com certeza, dar muitas flores e frutos”, afirmou.



Fonte: Missão Salesiana de Mato Grosso

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