“Educar para a paz e fazer o possível para deter as guerras”

Quarta, 14 Outubro 2015 16:56 Escrito por  InfoANS
“À Espanha, nos últimos anos, chegaram muitos refugiados, classificados como ‘imigrados clandestinos’. Vêm da Nigéria, Sudão, República Centro-Africana. Como é possível que os nossos corações não se comovam perante a sua realidade?”. Essas são algumas das palavras dirigidas pelo padre Cristóbal López, superior da Inspetoria da Espanha-Nossa Senhora Auxiliadora, a seus coirmãos, por meio de uma carta circular de 1° de outubro. Seguem alguns trechos da carta.

Na carta, padre López subdivide, em uma série de aspectos, quanto já foi realizado e quanto se deveria continuar a fazer em favor dos refugiados. Afirmando que “a chegada dos refugiados não é imediata (estima-se que começarão a chegar em novembro ou dezembro) e que à Espanha chegarão cerca de 15.000 em dois anos”, sugere que “seria desejável que cada comunidade designe um irmão que mantenha o contato em âmbito local com as autoridades competentes”, como caritas diocesanas, comissões para os migrantes e outros organismos eclesiais.

 

“A nossa generosidade não se deveria limitar ao caso atual dos refugiados sírios que vêm ao nosso país. Há no Líbano 1 200 000 refugiados sírios, enquanto na Turquia se fala de 1 800 000 pessoas. Com eles trabalham os nossos irmãos salesianos. Como não ajudá-los e apoiá-los?”, prossegue.

 

O inspetor convida a pensar e agir em favor dos refugiados que ainda não chegaram à Europa, mas que, entretanto existem: "... É verdade que como salesianos não ficamos indiferentes: em nossas casas de acolhida, nos centros diurnos, nas casas para a emancipação dos jovens e por meio de outros serviços sociais, temos acolhido um bom número. Mas é suficiente?”.

 

Sublinha, além disso, a necessidade de ajudar àqueles que ainda estão nos países de guerra e não podem fugir (ou porque sentem que é um dever seu permanecer ali), e por isso diz: “Os que fogem da Síria ou de outros países para vir à Europa merecem a nossa acolhida solidária... Mas, podemos acaso esquecer os que continuam a sofrer a guerra cotidiana na própria casa, na rua, no próprio bairro?”.

 

“(....) Também com esses jovens e pequenos trabalham os nossos irmãos de Alepo e Damasco, em um ambiente de guerra que todos os dias põe em risco as suas vidas. Aos irmãos que ainda o não fizeram, convido-os a ler o relatório da crônica que o padre Munir El Rai escreveu depois da sua visita às três casas salesianas da Síria”, publicada na Info ANS: Parte 1, Parte 2, Parte 3.

 

A circular do padre López toca igualmente outros temas ligados a refugiados: “Educar à paz e fazer o possível para deter as guerras”, coisa que o inspetor sublinha como essencial, visto que “a solução é deter a guerra, construir a paz”.

 

E acrescenta, citando um missionário salesiano em Damasco: “Se as grandes potências e as Nações Unidas se puserem de acordo e o quiserem, esta guerra termina em três dias”.

 

 

InfoANS

 

 

 

 

 

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Última modificação em Quarta, 03 Julho 2024 19:09

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“Educar para a paz e fazer o possível para deter as guerras”

Quarta, 14 Outubro 2015 16:56 Escrito por  InfoANS
“À Espanha, nos últimos anos, chegaram muitos refugiados, classificados como ‘imigrados clandestinos’. Vêm da Nigéria, Sudão, República Centro-Africana. Como é possível que os nossos corações não se comovam perante a sua realidade?”. Essas são algumas das palavras dirigidas pelo padre Cristóbal López, superior da Inspetoria da Espanha-Nossa Senhora Auxiliadora, a seus coirmãos, por meio de uma carta circular de 1° de outubro. Seguem alguns trechos da carta.

Na carta, padre López subdivide, em uma série de aspectos, quanto já foi realizado e quanto se deveria continuar a fazer em favor dos refugiados. Afirmando que “a chegada dos refugiados não é imediata (estima-se que começarão a chegar em novembro ou dezembro) e que à Espanha chegarão cerca de 15.000 em dois anos”, sugere que “seria desejável que cada comunidade designe um irmão que mantenha o contato em âmbito local com as autoridades competentes”, como caritas diocesanas, comissões para os migrantes e outros organismos eclesiais.

 

“A nossa generosidade não se deveria limitar ao caso atual dos refugiados sírios que vêm ao nosso país. Há no Líbano 1 200 000 refugiados sírios, enquanto na Turquia se fala de 1 800 000 pessoas. Com eles trabalham os nossos irmãos salesianos. Como não ajudá-los e apoiá-los?”, prossegue.

 

O inspetor convida a pensar e agir em favor dos refugiados que ainda não chegaram à Europa, mas que, entretanto existem: "... É verdade que como salesianos não ficamos indiferentes: em nossas casas de acolhida, nos centros diurnos, nas casas para a emancipação dos jovens e por meio de outros serviços sociais, temos acolhido um bom número. Mas é suficiente?”.

 

Sublinha, além disso, a necessidade de ajudar àqueles que ainda estão nos países de guerra e não podem fugir (ou porque sentem que é um dever seu permanecer ali), e por isso diz: “Os que fogem da Síria ou de outros países para vir à Europa merecem a nossa acolhida solidária... Mas, podemos acaso esquecer os que continuam a sofrer a guerra cotidiana na própria casa, na rua, no próprio bairro?”.

 

“(....) Também com esses jovens e pequenos trabalham os nossos irmãos de Alepo e Damasco, em um ambiente de guerra que todos os dias põe em risco as suas vidas. Aos irmãos que ainda o não fizeram, convido-os a ler o relatório da crônica que o padre Munir El Rai escreveu depois da sua visita às três casas salesianas da Síria”, publicada na Info ANS: Parte 1, Parte 2, Parte 3.

 

A circular do padre López toca igualmente outros temas ligados a refugiados: “Educar à paz e fazer o possível para deter as guerras”, coisa que o inspetor sublinha como essencial, visto que “a solução é deter a guerra, construir a paz”.

 

E acrescenta, citando um missionário salesiano em Damasco: “Se as grandes potências e as Nações Unidas se puserem de acordo e o quiserem, esta guerra termina em três dias”.

 

 

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