“Dom Bosco teve de suar muito para achar um lugar para o seu oratório. Agora compreendo quanto lhe deve ter enchido o coração de alegria quando finalmente pôde achar uma casa para os seus moleques", prossegue. "Estou esperando que o arquiteto prepare o projeto definitivo e torne o nosso sonho algo de mais concreto. (…). Espera-se que o povo nos ajude economicamente nesta obra para o bem da juventude periclitante, no Petén”.
Na paróquia nesse tempo, graças à contribuição de um grupo de benfeitores italianos do Vêneto, desenvolve-se a atividade de distribuição de filtros ecológicos para tornar a água potável. Na região a água não é potável e as famílias pobres não podem se permitir comprá-la, por causa do preço bem elevado. As consequências não se fazem esperar: doenças, cólicas, disenterias…
Os filtros duram cinco anos e custam 300 ‘quetzales’ (cerca de 40 euros): produzem água potável para cinco ou seis famílias. Fizeram-se exames de laboratório, antes e depois do tratamento do filtro: ficou comprovado o seu efeito depurador. Graças a benfeitores, foram distribuídos 20 filtros. Na próxima semana sairão mais 30.
Continua a atenção aos doentes e a prevenção da AIDS, embora o projeto que o financiava tivesse finado. A AIDS é um grande problema no Petén, terceira região de maior incidência da doença no país. “A causa é muito simples: a infidelidade é muito difundida, também porque a prostituição é legal; a doença se alastra”, explica o padre De Nardi. Embora não haja recuros, os salesianos continuam a ocupar-se de boa parte das pessoas da paróquia afetadas pelo vírus com a esperança de que alguma organização os possa ajudar a retomar o projeto com assistência de qualidade. Entretanto também a Secretaria para a Prevenção da AIDS, da Conferência Episcopal da Guatemala, está ministrando cursos de prevenção para as mulheres.
Entre outras atividades continuam as oratorianas e o empenho por distribuir comida aos pobres de San Benito.