O pânico invade as famílias, que devem enfrentar, impotentes, a epidemia. Apesar das inspeções atualmente em curso pelas casas, a fim de identificar potenciais doentes e pô-los em isolamento, o nervosismo não deixa de aumentar: assim as crianças são as mais atingidas por essa epidemia. “As famílias estão com muito medo e pensam que as crianças podem continuar a contagiar outros membros da família e da comunidade”, diz Lothar Wagner, salesiano irmão, ecônomo do Centro Dom Bosco Fambul, em Freetown, Serra Leoa.
O governo de Serra Leoa pede aos missionários que tomem conta das crianças que estão sendo rejeitadas por suas famílias, pelo medo do contágio. Estimativas do governo afirmam que até o fim do ano o número de crianças abandonadas poderá chegar a 200. “Já estamos pondo as mãos na obra, modificando alguns dos nossos ambientes, visando essa emergência”, explica o padre Jorge Crisafulli, superior salesiano da Inspetoria África Ocidental Anglófona (AFW). Dom Bosco Fambul abriu um centro de pronto-socorro para ajudar os jovens e as crianças que sofrem por causa do Ebola, contraíram a doença ou perderam suas famílias.
Jóvenes y Desarrollo de Madri, por meio da Campanha ‘Filhos do Ebola’, pretende dar apoio aos parceiros locais sensibilizando-os acerca da realidade da situação atual que, no momento, parece estar fora de controle. Assim, quem desejar poderá colaborar com os salesianos no cuidado com as crianças e adolescentes que ficaram órfãs, por causa do Ebola ou que foram rejeitadas por suas famílias.
Para mais informações sobre a campanha e sobre como colaborar, basta visitar o site da ONG Jóvenes y Desarrollo.
InfoANS
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