“Estou enviando algumas fotos da presença salesiana na freguesia de Galabadja", escreve o religioso. "Para nós, é muito difícil estabelecer contato com os irmãos, conexões com a internet em Camarões e na República Centro Africana não são tão boas para manter relações frequentes”.
Na paróquia ainda estão alojadas cerca de 1.000 pessoas, muitas das quais tentam voltar para suas casas, mas a maioria encontra-se em uma realidade de destruição, em massa, e sem chance de fazer nada. “ Já somam-se cinco meses de trabalho não remunerado para os funcionários, os pequenos comerciantes informais não podem refinanciar seus comércios ou empresas, e as pessoas ainda têm medo “, acrescenta o padre Sabé.
A segurança continua sendo um aspecto importante para os refugiados, tanto como alimentos, que não estão mais disponíveis na paróquia. “Muitas pessoas vêm aqui à noite para dormir em segurança. Na paróquia há uma guarnição de soldados africanos que 'supervisionam' o campo de refugiados. As paredes e o sentido religioso atraem pessoas em busca de segurança. E há cinco dias as pessoas não comem. Elas estão com fome. As pessoas estão com raiva e nervosas. Há ódio, desespero e fome”.
Comentando sobre a situação dos salesianos e como eles estão lidando com o processo que deve ser feito entre as pessoas para a reconciliação e perdão, padre Sabé acrescenta: " Os irmãos já estão muito cansados. Muitos meses, com o stress de guerra, cercado pelo fogo e as ameaças ou o perigo de qualquer ataque ...".
Apesar de tudo isso, ele conclui: “A oração e as celebrações Eucarísticas continuam estimulando a reconciliação e o perdão; as palavras difíceis. Um irmão está tentando organizar seminários de sensibilização para a convivência comum.
InfoANS
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