“Muitos de vocês são muçulmanos, de outras religiões, vindos de diferentes países e situações diversas. Não devemos ter medo das diferenças. A fraternidade nos faz descobrir que são um tesouro, um presente para todos”, afirmou o pontífice em seu discurso.
Francisco ressaltou ainda a importância do trabalho dos Jesuítas e sintetizou em três palavras o programa de trabalho desses religiosos: servir, acompanhar, defender. “Servir significa acolher a pessoa que chega e estender-lhe as mãos, sem medidas, sem medo... trabalhar ao lado dos mais necessitados. (...) Acompanhar não é só acolhida. Não basta dar o pão, se não vai acompanhado de oportunidade de aprender a caminhar com os próprios pés”, explicou.
Disse que defender significa “tomar partido pelos mais necessitados”. Para o papa a recepção dos pobres e a promoção da justiça não devem ser confiadas somente a especialistas, mas ter uma atenção de toda a pastoral, da formação dos futuros sacerdotes e religiosos, do compromisso normal de todas as paróquias, movimentos e agregações eclesiais.
Por fim, lembrou aos religiosos e religiosas, que os conventos vazios não servem à Igreja para transformar-lhes em albergues e ganhar algum dinheiro. “Os conventos vazios não são nossos, são para a carne de Cristo que são os refugiados. O Senhor chama a viver com generosidade e coragem a acolhida nos conventos vazios. Certamente que não é algo simples. Devem existir critérios, responsabilidade, mas é necessário também coragem”, acrescentou.