No início da noite de 16 de agosto, a comunidade da Casa Inspetorial da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida (BAP), viveu um momento de forte emoção e de renovado entusiasmo missionário: os jovens missionários do Colégio de Santa Inês, junto com seus educadores e assessores da Pastoral, partilharam a experiência e os aprendizados da Semana Missionária, que o grupo viveu no mês de julho
No total, participaram da Semana Missionária 14 jovens, três assessores, sete adultos visitantes, duas Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) e um Salesiano de Dom Bosco.
Os jovens missionários desenvolveram as atividades de evangelização nas comunidades Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da Rosa Mística. Foram 65 casas visitadas, 15 adultos que passaram pelo oratório, 120 adultos presentes nas celebrações, 30 jovens e mais 120 crianças que participaram das atividades do oratório.
Isadora e Gabriel, da 3º e 1º série do Ensino Médio respectivamente, foram a voz do grupo dos jovens missionários que contaram as experiências mais marcantes da Semana Missionária. Foram rostos, nomes, lugares, situações inusitadas, encontros, diálogos e um mundo de outras experiências que deixaram marcas profundas na vida dos missionários, a ponto de eles mesmos falarem de “transformação” e “mudança de vida”!
A visita mais marcante
Na partilha de Isadora, momento marcante foi a visita à casa de Janete e Jaqueline, duas irmãs de sangue, que vivem uma situação dramática: histórias de dor misturadas à abertura de corações que sabem acolher outros que também precisam de ajuda. Segundo Isadora, aquela era «uma casa que parece que todos os problemas caíram lá. (…) era uma casa que precisava de uma bênção, que precisava saber que Deus estava ali». Foi a visita que mais marcou Isadora, pois «foi a prova do que a gente quis fazer lá, ser instrumento de Deus naquela família».
Gabriel, por sua vez, contou a história do menino Matheus da comunidade Rosa Mística. «O interessante é que no primeiro dia que a gente foi fazer o oratório lá na Rosa Mística, não foi nenhuma criança, com exceção dele [o Matheus]. Algo que seria pra desanimar a gente, (…) a gente poderia ter ficado triste porque só tinha um menino. Mas a gente decidiu continuar, e a gente tentou fazer do dia daquele menino algo especial, algo legal». E Gabriel continuou o seu relato, ressaltando que Matheus – depois daquela experiência – foi todos os dias no oratório, até mesmo quando o oratório aconteceu na outra comunidade.
"Coisa de Deus"
Interpretando seus colegas missionários, Gabriel contou ainda a história do senhor Joselito, um senhor cego, que mora sozinho e passa grandes dificuldades. Esta é a história de mais uma casa visitada que não estava no programa dos jovens missionários, assim como a casa de Janete e Jaqueline. Porque faz parte da ação evangelizadora visitar somente a casa dos que desejam receber a bênção e a visita dos missionários. Mas, também acontece, às vezes, de acabar visitando uma casa “por acaso”, por mera coincidência, o que os jovens consideram «coisa de Deus».
Gabriel fez questão de partilhar também a sua experiência, pautada na palavra “transformação”. Segundo o jovem missionário, «o legal que a gente foi fazer lá, a gente foi fazer uma transformação na vida daquelas pessoas e da comunidade. E por mais que às vezes não foi tanto, foi uma coisa: a gente plantou uma semente lá. (…) as pessoas que a gente tocou (…). e não só a transformação da comunidade, mas a gente também se transformou. Cada história que a gente ouviu, cada coisa muda a gente».
Gabriel, lembrando do aniversário de Dom Bosco recordou uma de suas frases: “Deus nos deu a vida de presente. O que nós fazemos da vida é o nosso presente para Deus”.
Foi Ela…
Depois do relato emocionante do jovem missionário, Lia, diretora do Colégio de Santa Inês, tomou a palavra reforçando para Gabriel que a transformação acontece pela força da comunidade educativa e não pela ação isolada de apenas uma pessoa. «Nada é por acaso. Vem alguém por acaso a uma casa salesiana? Não. Quem traz a pessoa? É Ela», disse Lia referindo-se a Nossa Senhora. «É ela. Então você veio por ela, nós todos fomos apenas instrumentos», concluiu Lia.
Para encerrar a partilha, Fernanda – outra jovem missionária – resumiu sua experiência através de um depoimento e de um poema. São suas palavras:
«A semana missionária foi algo muito especial que aconteceu na minha vida. Como é a segunda vez que estou indo, tudo muda, e dessa vez, senti e tive a certeza de que esta missão é para a vida toda, afinal, uma vez missionária, sempre missionária.
Fonte: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida