Maria Domingas Mazzarello: história e carisma

Segunda, 05 Setembro 2022 20:48 Escrito por  Portal FMA
Conheça a história de Santa Maria Domingas Mazzarello, cofundadora e primeira Madre-geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.    

Maria Domingas nasceu em uma numerosa família de camponeses. Dotada de força física incomum, desde menina trabalhou nos campos com o pai, Giuseppe. Foi formada na família em um profundo sentido de Deus, para uma laboriosidade incansável e àquele acentuado senso prático e profundidade de juízo que manifestou em seguida e, também, como Superiora das Filhas de Maria Auxiliadora. Em 1855, Mazzarello inscreveu-se na Associação das Filhas da Imaculada, cultivando uma profunda espiritualidade apostólica.

 

Em 1860, uma epidemia de tifo na Itália atingiu também a aldeia de Mornese. O confessor de Maria Mazzarello, padre Domingos Pestarino, sugeriu que ela fosse cuidar de alguns parentes necessitados de assistência. Maria aceitou, mesmo sabendo que podia ser contagiada, e o foi de fato.

 

Projeto educativo para as meninas

Recuperada do tifo, mas com sequelas à sua saúde, Maria Domingas sentiu-se constrangida a deixar o trabalho agrícola, não só pela perda da força física da qual gozou antes, mas também porque surgiu nela uma clara intuição que considerava um chamado de Deus.

 

Dedicou-se, assim, à educação das meninas da aldeia, abrindo uma oficina de costura, um oratório festivo e depois uma casa para crianças sem família. Envolveu a amiga Petronilla em seu projeto e aprendeu a profissão de costureira para ensinar as meninas pobres não só a costurar, mas especialmente a conhecer e amar a Deus. Em seguida, em uma misteriosa visão, viu um grande edifício com muitas meninas que corriam no pátio, e ouviu uma voz que lhe dizia: “A você as confio”.

 

Acolheu então a primeira orfãzinha, das quais passa a cuidar com ternura de mãe, ajudada nesta missão por algumas outras jovens pertencentes, como ela, às Filhas da Imaculada.

 

O encontro com Dom Bosco

Em 1864, Dom Bosco foi de Turim a Mornese, com seus jovens, em um passeio de outono e, encontrando padre Pestarino – que se tornara Salesiano no ano anterior – falou-lhe da exigência de colaborar em seu desejo de abrir um colégio para os meninos da aldeia e arredores. Nessa ocasião, Maria Domingas percebeu que estava se encontrando com um santo, e disse: “Dom Bosco é um santo, e eu o sinto”.

 

O Papa Pio IX encorajou Dom Bosco, que há anos cultivava no coração o projeto de fundar um Instituto feminino para estender às meninas o que ele estava realizando para os meninos. Com a sábia colaboração de padre Pestarino, Dom Bosco escolheu entre as Filhas da Imaculada as primeiras pedras fundamentais do futuro Instituto.

 

Fundação do Instituto das FMA

No dia 5 de agosto de 1872, as primeiras onze jovens emitiram a profissão religiosa nas mãos do bispo de Acqui, dom Giuseppe Sciandra, na presença de Dom Bosco. O Instituto, chamado Filhas de Maria Auxiliadora, cresceu rapidamente e Ir. Maria Mazzarello, como Superiora, demonstrou-se hábil formadora e mestra de vida espiritual.

 

Entre ela e Dom Bosco havia uma sintonia profunda em nível carismático; Maria Domingas tinha uma acentuada capacidade educativa, o dom da alegria serena e tranquilizadora, e a arte de envolver outras jovens no compromisso de se dedicarem à promoção das mulheres para que pudessem ser na família, na Igreja e na sociedade, boas cristãs e honestas cidadãs.

 

Em 1877, compartilhando o ardor missionário dos irmãos Salesianos, as primeiras FMA partiram para as missões e fundaram a primeira comunidade no Uruguai, à qual se seguiram as casas da Argentina, depois de um ano.

 

Pautada nos valores evangélicos

Ir. Maria Domingas, atingida aos 44 anos por uma forma grave de pleurite, morreu no dia 14 de maio de 1881, em Nizza Monferrato, para onde havia sido transferida a primeira comunidade das FMA dois anos antes.

 

Para suas Filhas espirituais, deixou uma herança educacional toda permeada de valores evangélicos: a busca de Deus conhecido através de uma catequese iluminada, de amor ardente a Jesus Eucarístico e de confiança filial em Maria Auxiliadora, de responsabilidade no trabalho, de abertura, humildade e alegria, de sobriedade de vida e total doação de si na busca do verdadeiro bem das meninas, especialmente as pobres e necessitadas, seja na pátria ou nos vários países de missão.

 

Maria Domingas Mazzarello foi beatificada em 20 de novembro de 1938 e canonizada (ou seja, teve a sua santidade reconhecida oficialmente pela Igreja Católica) em 24 de junho de 1951.

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Última modificação em Quarta, 10 Mai 2023 15:08

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Maria Domingas Mazzarello: história e carisma

Segunda, 05 Setembro 2022 20:48 Escrito por  Portal FMA
Conheça a história de Santa Maria Domingas Mazzarello, cofundadora e primeira Madre-geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.    

Maria Domingas nasceu em uma numerosa família de camponeses. Dotada de força física incomum, desde menina trabalhou nos campos com o pai, Giuseppe. Foi formada na família em um profundo sentido de Deus, para uma laboriosidade incansável e àquele acentuado senso prático e profundidade de juízo que manifestou em seguida e, também, como Superiora das Filhas de Maria Auxiliadora. Em 1855, Mazzarello inscreveu-se na Associação das Filhas da Imaculada, cultivando uma profunda espiritualidade apostólica.

 

Em 1860, uma epidemia de tifo na Itália atingiu também a aldeia de Mornese. O confessor de Maria Mazzarello, padre Domingos Pestarino, sugeriu que ela fosse cuidar de alguns parentes necessitados de assistência. Maria aceitou, mesmo sabendo que podia ser contagiada, e o foi de fato.

 

Projeto educativo para as meninas

Recuperada do tifo, mas com sequelas à sua saúde, Maria Domingas sentiu-se constrangida a deixar o trabalho agrícola, não só pela perda da força física da qual gozou antes, mas também porque surgiu nela uma clara intuição que considerava um chamado de Deus.

 

Dedicou-se, assim, à educação das meninas da aldeia, abrindo uma oficina de costura, um oratório festivo e depois uma casa para crianças sem família. Envolveu a amiga Petronilla em seu projeto e aprendeu a profissão de costureira para ensinar as meninas pobres não só a costurar, mas especialmente a conhecer e amar a Deus. Em seguida, em uma misteriosa visão, viu um grande edifício com muitas meninas que corriam no pátio, e ouviu uma voz que lhe dizia: “A você as confio”.

 

Acolheu então a primeira orfãzinha, das quais passa a cuidar com ternura de mãe, ajudada nesta missão por algumas outras jovens pertencentes, como ela, às Filhas da Imaculada.

 

O encontro com Dom Bosco

Em 1864, Dom Bosco foi de Turim a Mornese, com seus jovens, em um passeio de outono e, encontrando padre Pestarino – que se tornara Salesiano no ano anterior – falou-lhe da exigência de colaborar em seu desejo de abrir um colégio para os meninos da aldeia e arredores. Nessa ocasião, Maria Domingas percebeu que estava se encontrando com um santo, e disse: “Dom Bosco é um santo, e eu o sinto”.

 

O Papa Pio IX encorajou Dom Bosco, que há anos cultivava no coração o projeto de fundar um Instituto feminino para estender às meninas o que ele estava realizando para os meninos. Com a sábia colaboração de padre Pestarino, Dom Bosco escolheu entre as Filhas da Imaculada as primeiras pedras fundamentais do futuro Instituto.

 

Fundação do Instituto das FMA

No dia 5 de agosto de 1872, as primeiras onze jovens emitiram a profissão religiosa nas mãos do bispo de Acqui, dom Giuseppe Sciandra, na presença de Dom Bosco. O Instituto, chamado Filhas de Maria Auxiliadora, cresceu rapidamente e Ir. Maria Mazzarello, como Superiora, demonstrou-se hábil formadora e mestra de vida espiritual.

 

Entre ela e Dom Bosco havia uma sintonia profunda em nível carismático; Maria Domingas tinha uma acentuada capacidade educativa, o dom da alegria serena e tranquilizadora, e a arte de envolver outras jovens no compromisso de se dedicarem à promoção das mulheres para que pudessem ser na família, na Igreja e na sociedade, boas cristãs e honestas cidadãs.

 

Em 1877, compartilhando o ardor missionário dos irmãos Salesianos, as primeiras FMA partiram para as missões e fundaram a primeira comunidade no Uruguai, à qual se seguiram as casas da Argentina, depois de um ano.

 

Pautada nos valores evangélicos

Ir. Maria Domingas, atingida aos 44 anos por uma forma grave de pleurite, morreu no dia 14 de maio de 1881, em Nizza Monferrato, para onde havia sido transferida a primeira comunidade das FMA dois anos antes.

 

Para suas Filhas espirituais, deixou uma herança educacional toda permeada de valores evangélicos: a busca de Deus conhecido através de uma catequese iluminada, de amor ardente a Jesus Eucarístico e de confiança filial em Maria Auxiliadora, de responsabilidade no trabalho, de abertura, humildade e alegria, de sobriedade de vida e total doação de si na busca do verdadeiro bem das meninas, especialmente as pobres e necessitadas, seja na pátria ou nos vários países de missão.

 

Maria Domingas Mazzarello foi beatificada em 20 de novembro de 1938 e canonizada (ou seja, teve a sua santidade reconhecida oficialmente pela Igreja Católica) em 24 de junho de 1951.

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