1. Memória
A Família Salesiana celebra, no dia 25 de novembro, a memória de Margarida Occhiena, a mãe de Dom Bosco, conhecida como “Mamãe Margarida”.
2. Amor pela oração
Margarida Occhiena nasceu em Capriglio, na província de Asti, Itália, em 1788. Era a sexta filha de Melquior Marcos Occhiena e Domingas Bossone, agricultores. A época e o trabalho não lhe permitem estudar, mas seu amor pela oração reflete uma sabedoria que não se encontra nos livros.
3. União
Margarida viveu com seus pais até o seu casamento com Francisco Bosco, em 1812. Francisco era viúvo, tinha um filho de três anos, Antônio, e uma mãe doente aos seus cuidados. José, o primeiro filho do casal, nasceu em 1813, e João (Dom Bosco), em 1815. Juntos eles se mudaram para os Becchi, distrito de Castelnuovo d'Asti.
4. Abnegação
Margarida ficou viúva após cinco anos de vida em comum com Francisco Bosco. Sozinha, precisou assumir as responsabilidades próprias a um chefe de família, tendo que cuidar da casa, do sustento da família, da educação dos filhos, da lida no campo e da sogra adoentada.
5. Sábia educadora
Mesmo não tendo sido alfabetizada, Mamãe Margarida, era uma sábia educadora. Na relação com os filhos usava a pedagogia do coração, sabendo unir doçura e firmeza, vigilância e confiança, familiaridade e diálogo. Conduziu com fé e sabedoria o desenvolvimento das habilidades dos filhos, ajudando-os a crescer na generosidade e no espírito de iniciativa. Acompanhou João Bosco até o sacerdócio e, posteriormente, deixou a casa no Colle para acompanhá-lo na sua missão entre os jovens pobres e abandonados de Turim.
6. Cooperadora eficiente
No Oratório de Valdoco marcou sua presença com aquele característico sentido de família que ainda hoje está presente nas obras salesianas. Ao exercer o papel de mãe para os órfãos de Valdoco, foi a cooperadora mais eficiente de seu filho: preparava a refeição, varria, lavava, costurava e, mais ainda: encorajava, educava e, na medida de suas limitações, mas na grandeza do seu coração, testemunhava a Palavra de Deus. Torna-se o elemento materno do sistema preventivo; é, sem saber, "co-fundadora" da Família Salesiana que cria santos como Domingos Sávio e Padre Miguel Rua.
7. Morte
Morreu em Turim em 1856, aos 68 anos, vítima de uma pneumonia. Muitos jovens a acompanharam ao cemitério, onde choraram como se chora por uma mãe.
8. Venerável
Foi proclamada venerável pelo Papa Bento XVI em 15 de novembro de 2006, próximo de completar 150 anos de sua partida. Consta que a Serva de Deus Margarida Occhiena exercitou heroicamente as virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, tanto para Deus como para o próximo, assim como as virtudes cardeais da prudência, justiça e moderação.
9. "Como Deus é bom"
Na Estreia de 2006, o Reitor-mor, padre Pascual Chávez, cita as frases comuns com as quais ela educou os seus filhos legítimos e aqueles adotados no tempo em que ficou com Dom Bosco em Valdoco (1846-1856): "Deus te vê", "como Deus é bom", "com Deus não se brinca" (cf. Estreia 2006, p.39-40).
10. “Mãe santa”
Logo após a sua morte, surgiu uma convicção comum: “era uma santa”. Aqueles que começaram a chamá-la de “mãe santa” testemunhavam que ela jamais abandonou suas convicções, suas crenças, sua fé. Jamais deixou de demonstrar um equilíbrio formidável entre os planos terrestre e celeste.
Fonte: Santos, beatos e veneráveis e José Augusto Abreu Aguiar (professor da Rede Salesiana Brasil de Escolas, no Instituto Nossa Senhora da Glória, em Macaé, RJ).