A intenção foi desafiar cada aluno a mobilizar os próprios conhecimentos, as suas experiências e aptidões para discutir os temas e assumirem posições críticas em relação às questões propostas. Da reflexão eles devem passar à prática, reforçando e compartilhando valores básicos como o respeito ao outro, ao diferente, a solidariedade, a cidadania. E, para mostrar isso, cada grupo deveria preparar o recado, a mensagem a ser passada no dia do fechamento do projeto.
Divididos em equipes interclasses, os alunos se ocuparam, em reuniões agendadas, de questões como a origem de tal intolerância, as alternativas para a solução e/ou minimização do problema, etc. A cada encontro, novos materiais e novas ideias foram enriquecendo a bagagem de dados e a reflexão; ao mesmo tempo em que sintonizavam e preparavam a apresentação do final do projeto.
As atividades em grupo, sempre acompanhadas por um professor, já desafiavam o aluno a expor as próprias ideias e argumentos, a lidar com as diferenças de ponto de vista, a tomar coragem e dar a própria contribuição, convencido a atuar em função do sucesso coletivo. Já se percebiam a capacidade de liderança e iniciativa de alguns, a inibição de muitos e a vontade de participar da maioria.
No fim, o saldo foi positivo: discussões, ensaios, vídeos, encenações, coreografias, danças, vestimentas, superações, atitudes; provavelmente, muitos desses alunos terminarão a etapa com a cabeça um pouco mais consciente e crítica: “colocar-se no lugar do outro faz do mundo um lugar de todos”.
“A finalização do projeto sobre a questão da intolerância trouxe boas surpresas e um resultado satisfatório. Certamente, muito do que se conseguiu foi resultado da atuação e ajuda de vocês, professores e Flávia Vieira (assistente social). Todos trabalhando em um mesmo sentido: debater a questão da intolerância, fazer de nossos alunos protagonistas e partidários da solidariedade e do respeito ao diferente”, parabenizou o professor Maury Alves, coordenador da EJA.