Os salesianos estão dedicando aos órfãos decorrentes do vírus ebola. Mais de 200 crianças entre 4 a 17 anos passaram pelo Centro “Interim Child Care”, aberto pelos religiosos.
“Alguns chegaram muito fraquinhos, incapazes mesmo de falar ou caminhar. Graças a uma boa alimentação e às atenções prestadas começaram a sorrir. E isso é maravilhoso”, explica. Os salesianos agora se defrontam com novos desafios por essas crianças, visto que muitos desses pequenos foram expropriados de suas terras e herança, nada menos que por seus próprio pais. “Contratamos advogados para defender seus direitos”, explica o padre Crisafulli.
Para além das cifras positivas, existem dramas reais, por exemplo,em um pequeno povoado da Serra Leoa, morreram 83 dos 240 habitantes; e muitas crianças têm uma lembrança traumatizante das ambulâncias que levaram seus pais, que nunca mais voltaram.
“Agora começa mais um desafio: trabalhar para recuperar alguns vilarejos que também ficaram... «traumatizados»”, explica o salesiano. As consequências sociais e econômicas são muito graves, nessas vilas por si só vulneráveis. “Abre-se uma nova fase em que a educação, as crianças necessitadas, as ajudas às famílias mais pobres serão as nossas prioridades”, diz o padre Crisafulli.
Da Procuradoria Missionária Salesiana, de Madri, chega o convite de não baixar a guarda: “Não podemos esquecer os sofrimentos de milhões de pessoas; e, ainda que a recuperação completa requeira 5/6 anos, continuaremos a ajudar e a sustentar os mais vulneráveis” , diz Ana Muñoz, porta-voz da Organização.