Comprometido nesse período no processo de renovação da associação que levou à adoção do novo Projeto de Vida Apostólica aprovado pela Santa Sé, Maiorano há mais de 30 anos trabalha no Formez e há mais de 20 segue o projeto Requalificação da administração pública (Ripam), uma das iniciativas mais importantes do governo italiano no âmbito da formação permanente do pessoal da administração pública.
O L'Osservatore Romano conversou com Maiorano para compreender por quais razões a sua proposta pode tornar-se concretizável e significativa por meio de uma festa religiosa.
L'Osservatore Romano: como Dom Bosco teria vivido as grandes transformações do nosso tempo?
Maiorano: não diversamente do seu tempo, Dom Bosco hoje teria vivido a sua existência oferecendo-a inteiramente para o bem dos jovens e dos pobres, com uma atenção privilegiada aos debilitados, marginalizados, abandonados, indefesos, desempregados e desesperados, todos os rejeitados do mundo e, portanto, prediletos de Deus.
L'Osservatore Romano: à luz das transformações da sociedade na economia e na cultura, qual poderia ser o novo cenário para o compromisso da Família Salesiana?
Maiorano: Começando pelo meu específico compromisso de trabalho, chamado a vivê-lo como salesiano leigo 24 horas por dia, creio que um cenário interessante pode ser a transformação do Estado, uma extraordinária potencialidade de intervenção para a Família Salesiana, uma ocasião única para praticar concretamente a nossa missão de formar “cristãos bons e cidadãos honestos” e contribuir para combater a primeira de todas as emergências, a educativa. Naturalmente tendo em consideração os diversos contextos de cada país.
L'Osservatore Romano: quer dizer que hoje Dom Bosco se interessaria também pela política e reforma do Estado?
Maiorano: na Itália estou convicto que sim. Mas da política entendida no sentido mais nobre de “prática da caridade”, como nos ensina o magistério da Igreja.