A santidade é também para você

Quinta, 10 Janeiro 2019 11:47 Escrito por 
A santidade é também para você Foto: ANS
“Aquilo que fizemos até agora é bom, mas o que estamos para começar a fazer será melhor”. No início do Boletim Salesiano, Dom Bosco sempre reproduzia uma frase de São Francisco de Sales. Seguindo seu exemplo, colocamos esta frase para dizer que o novo ano será melhor, pois somos chamados a viver a santidade no cotidiano da nossa vida, com a força e a graça de Deus agindo em nós e na Família Salesiana de Dom Bosco.  

Certo dia, conversando com uma pessoa sobre o tema da santidade, ela me disse que é muito difícil ser santo. Indaguei os motivos pelos quais tinha essa concepção. Então me disse que para ser santo é necessário fazer milagres e coisas maravilhosas, ter uma vida reservada, enfrentar muitos sacrifícios. Creio que a maioria dos cristãos quando pensa neste assunto, confunde o chamado universal à santidade com aquelas pessoas que foram declaradas santas, “canonizadas” pela Igreja. A Estreia do Reitor-mor deste ano nos diz que “ao longo dos séculos muitos homens e mulheres viveram a santidade, mas somente alguns foram declarados santos. O importante é ser santo e não ser chamado de santo!”.

 

Olhando para a história do cristianismo, vemos que o chamado à santidade em algumas épocas é esquecido. Depois aparece um santo ou um papa que volta a alertar os cristãos. Assim aconteceu na época de São Francisco de Sales que, ao escrever o livro Introdução à vida devota, reacendeu esse tema no cristianismo. Dizia ele que todos os cristãos, não importa a condição de vida ou a profissão, são chamados à santidade, porque Deus assim o quer e porque fomos criados à sua imagem e semelhança.

 

O Concílio Vaticano II afirma, na Lumen Gentium, que “todos os fiéis de qualquer estado e condição estão chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (LG 40) e que “todos os fiéis são convidados e devem tender à santidade e à perfeição no próprio estado” (LG 42).

 

Recentemente, o Papa Francisco escreveu a Exortação Gaudete et Exultate na qual o Papa nos diz que Jesus “quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”. Assim o Papa se fixa naquilo que é essencial para a vida cristã e faz um apelo para que vivamos uma “santidade encarnada no contexto atual, com os riscos, os desafios e as belas oportunidades que Deus oferece no caminho da vida”. Durante este ano, teremos a oportunidade, como Família Salesiana, de refletir sobre o chamado de Deus à santidade. E o Boletim Salesiano, como órgão oficial do pensamento salesiano, irá tratar deste tema.

 

“Para Dom Bosco tudo isso era muito claro”, diz o padre Ángel. “O mundo, as sociedades de todas as nações, não podem sequer propor o ‘para sempre’ e a felicidade eterna. Deus sim”. Na carta de Roma, Dom Bosco escreveu aos seus jovens: “Meu único desejo é vê-los felizes no tempo e na eternidade”. Esta mensagem não foi somente para os jovens do seu tempo, mas para os de todas as épocas. O desejo de Jesus será então realizado: “Que a minha alegria esteja em vós” (Jo 15,11).

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A santidade é também para você Foto: ANS
“Aquilo que fizemos até agora é bom, mas o que estamos para começar a fazer será melhor”. No início do Boletim Salesiano, Dom Bosco sempre reproduzia uma frase de São Francisco de Sales. Seguindo seu exemplo, colocamos esta frase para dizer que o novo ano será melhor, pois somos chamados a viver a santidade no cotidiano da nossa vida, com a força e a graça de Deus agindo em nós e na Família Salesiana de Dom Bosco.  

Certo dia, conversando com uma pessoa sobre o tema da santidade, ela me disse que é muito difícil ser santo. Indaguei os motivos pelos quais tinha essa concepção. Então me disse que para ser santo é necessário fazer milagres e coisas maravilhosas, ter uma vida reservada, enfrentar muitos sacrifícios. Creio que a maioria dos cristãos quando pensa neste assunto, confunde o chamado universal à santidade com aquelas pessoas que foram declaradas santas, “canonizadas” pela Igreja. A Estreia do Reitor-mor deste ano nos diz que “ao longo dos séculos muitos homens e mulheres viveram a santidade, mas somente alguns foram declarados santos. O importante é ser santo e não ser chamado de santo!”.

 

Olhando para a história do cristianismo, vemos que o chamado à santidade em algumas épocas é esquecido. Depois aparece um santo ou um papa que volta a alertar os cristãos. Assim aconteceu na época de São Francisco de Sales que, ao escrever o livro Introdução à vida devota, reacendeu esse tema no cristianismo. Dizia ele que todos os cristãos, não importa a condição de vida ou a profissão, são chamados à santidade, porque Deus assim o quer e porque fomos criados à sua imagem e semelhança.

 

O Concílio Vaticano II afirma, na Lumen Gentium, que “todos os fiéis de qualquer estado e condição estão chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (LG 40) e que “todos os fiéis são convidados e devem tender à santidade e à perfeição no próprio estado” (LG 42).

 

Recentemente, o Papa Francisco escreveu a Exortação Gaudete et Exultate na qual o Papa nos diz que Jesus “quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa”. Assim o Papa se fixa naquilo que é essencial para a vida cristã e faz um apelo para que vivamos uma “santidade encarnada no contexto atual, com os riscos, os desafios e as belas oportunidades que Deus oferece no caminho da vida”. Durante este ano, teremos a oportunidade, como Família Salesiana, de refletir sobre o chamado de Deus à santidade. E o Boletim Salesiano, como órgão oficial do pensamento salesiano, irá tratar deste tema.

 

“Para Dom Bosco tudo isso era muito claro”, diz o padre Ángel. “O mundo, as sociedades de todas as nações, não podem sequer propor o ‘para sempre’ e a felicidade eterna. Deus sim”. Na carta de Roma, Dom Bosco escreveu aos seus jovens: “Meu único desejo é vê-los felizes no tempo e na eternidade”. Esta mensagem não foi somente para os jovens do seu tempo, mas para os de todas as épocas. O desejo de Jesus será então realizado: “Que a minha alegria esteja em vós” (Jo 15,11).

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