É comum, no Brasil, que uma série de atividades especiais aconteçam de norte a sul nesta semana. É o caso do Museu do Índio, mantido pelas irmãs salesianas (FMA) em Manaus-AM. Fundada em 1952, a obra traz peças reunidas nas missões salesianas na Amazônia.
Acervo abrangente
Localizado no centro de Manaus, o Museu do Índio é uma das obras da Inspetoria Santa Teresinha. Considerada uma das mais completas entre os espaços que se dedicam à cultura indígena, reúne cerca de 3 mil peças – todas originais – que contam um pouco da história e da cultura de cinco etnias da Amazônia: Tukano, Tikuna, Banivwa, Yanomami e Xavante. O acervo está em exposição para fins educativos, de pesquisa e turístico.
Os visitantes encontram de tudo um pouco, em objetos distribuídos em seis salas: utensílios domésticos, armas e adornos, objetos de rituais, animais empalhados e artesanatos. O Museu tem ainda uma loja de Artesanato onde se pode comprar alguns produtos indígenas, principalmente cerâmica e objetos de cipó.
A biblioteconomista e editora do blog Caçadores de Bibliotecas, Soraia Magalhães, já visitou mais de 100 museus por várias cidades do Brasil, mas leva consigo um carinho especial pelo Museu do Índio. Foi o primeiro museu que ela conheceu, quando tinha 10 anos e estudava no Centro Educacional Maria Auxiliadora (CEMA), da RSB-Escolas, que fica ao lado do museu. “Durante as comemorações na Semana da Criança, a direção do colégio permitia que cada turma por série visitasse o Museu. De todas as salas, há uma que povoou minha imaginação por anos a fio. Consta de um funeral onde se pode observar um índio deitado em uma canoa circundado por representações em forma de máscaras. Ao mesmo passo que sentíamos curiosidade, nos alvoroçávamos por medo. Mas o ritual fúnebre é um momento festivo e belo para os indígenas”, recorda.
Em 2015, Soraia retornou ao museu e fez uma matéria para seu blog Caçadores de Bibliotecas, tendo oportunidade de encontrar, mais uma vez, a memória dos povos indígenas ali retratados e suas próprias memórias afetivas. “O museu é muito bem cuidado, sempre foi. Nas salas se pode obter, por meio dos materiais expostos, uma visão da vida de homens e mulheres no ambiente das aldeias. Esse foi o primeiro museu que conheci em minha vida e dele guardo boas lembranças”, conclui.
O Museu está localizado na Avenida Duque de Caxias, 296, no centro de Manaus. Funciona de segunda a sexta-feira, de 8h30 às 11h30, pela manhã, e 14 às 16h30, pela tarde. Aos sábados, abre apenas no turno da manhã. O valor da entrada é de R$10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Fonte: RSB Informa