A santidade de Domingos Sávio é um forte apelo à realidade preventiva, reconhecida antes de tudo como a ação da Graça preveniente e acompanhante de Deus. O mesmo Dom Bosco, contando o primeiro encontro com Sávio, testemunha: “Achei nele um ânimo todo segundo o espírito de Deus, e fiquei maravilhado ao deparar com o trabalho que a Graça divina já havia operado em tão tenro coração”.
Sinal sacramental de tal operação fora a Primeira Comunhão, vista como uma semente que, cultivada, se torna fonte de vida alegre e de empenhos decisivos: “Oh! Aquele foi para mim um dia maravilhoso, um grande dia. Escreveu algumas lembranças que conservava com muito cuidado em um livrinho de devoção e que, com frequência, relia: 1° Me confessarei com muita frequência e farei a comunhão todas as vezes que o confessor me der licença. 2° Quero santificar os dias festivos. 3° Os meus amigos serão Jesus e Maria. 4° A morte mas não pecados. Essas lembranças, que repetia com frequência, foram-lhe uma como guia das ações até o fim da vida”.
Tudo isso faz de Domingos Sávio uma espécie de puxa fila, de mestre nos caminhos de Deus, como se veio confirmando pela vida de tantos beatos, veneráveis e servos de Deus da FS (Família Salesiana), os quais fizeram próprios, e praticaram, os seus propósitos: Laura Vicuña, Zeferino Namuncurá, José Kowalski, Alberto Marvelli, José Quadrio, Otávio Ortíz Arrieta...
Merece enfim recordado o papel de Sávio na fundação da Companhia da Imaculada, viveiro da futura Congregação salesiana. Realce-se mais o relacionamento de amizade com o coleguinha João Massaglia, do qual Dom Bosco afirmou: “Se quisesse escrever os belos traços de virtude do jovem Massaglia, deveria repetir em grande parte as coisas ditas acerca de Sávio, de quem foi fiel seguidor enquanto viveu”. Amizades espirituais: expressão de santidade alegre e partilhada, no serviço de Deus e do Próximo.