“O meu olhar sobre as coisas do dia a dia. Uma coletânea de textos que reúne reflexões, lembranças, amor e saudades.” É assim que a professora de sociologia e filosofia Ângela Alhanati descreve a página “Ao Sol, no Quintal”, a sua Fanpage no Facebook (que pode ser acessada no endereço www.facebook.com/aosolnoquintal). O espaço da educadora do Instituto São José de Resende, RJ, na internet tem feito muito sucesso dentro e fora da escola. Quase que diariamente, Ângela escreve pequenas crônicas, ligando situações do dia a dia a temas variados, que vão de uma visita à banca de jornal até os sentimentos aflorados entre mãe e filho.
Tudo começou com um blog, que tinha pouco acesso. Os textos eram escritos e publicados sem frequência e praticamente sumiam no mundo virtual em algumas semanas. Em novembro do ano passado, porém, Ângela retomou a ideia, apostando desta vez nas crônicas. O resultado foi muito positivo. “As pessoas passaram a ler e comentar que estavam gostando”, lembra a professora. Foi quando um amigo sugeriu que as publicações fossem postadas em uma página do Facebook, que tem recursos interessantes como acompanhamento de acesso e perfil de leitores, além de manter o conteúdo inteiro arquivado. Hoje, apenas dois meses depois, a página de Ângela já tem mais de quatro mil fãs, entre eles internautas de Cabo Verde, Congo, Angola, Moçambique, Venezuela, Argentina e Chile. “É uma grande surpresa, fiquei impressionada, principalmente com a adesão dos africanos, que comentam muito e compartilham todos os textos. O interessante é perceber como eles se comportam no ambiente virtual, escrevem como falam, e acredito que isso é, de certa forma, uma troca de experiências pela internet”, diz Ângela.
Além do público internacional, as crônicas também são lidas por alunos e ex-alunos do Instituto São José. A educadora acredita que espaços como esse podem colaborar no desenvolvimento escolar do estudante, pois são textos com reflexões profundas, mas escritos com uma linguagem acessível. “É a exposição de um ponto de vista sobre algum assunto, de forma simples e livre. Os alunos que acompanham têm na página um incentivo a mais para ler, escrever, partilhar experiências e reflexões”, conta Ângela, lembrando quando levou para a sala de aula a crônica sobre o primeiro sutiã dela. “Esse texto rendeu uma divertida e proveitosa discussão sobre a descoberta da adolescência e as mudanças no corpo e na vida do jovem, foi muito bom”.
A educadora salesiana pensa em publicar ainda neste ano um livro com suas crônicas. “Já recebi convites para participar de coletâneas com outros escritores, mas meu desejo hoje é de um livro só meu mesmo, porque tenho muito material”, diz Ângela.
RSE Informa