Todos os meses, o reitor-mor dos Salesianos escreve aos leitores do Boletim Salesianoum artigo para leitura e reflexão. No segundo ano de preparação para o bicentenário de nascimento de Dom Bosco, a proposta é debruçar-se sobre a pedagogia do Santo dos Jovens. Neste segundo artigo, Dom Bosco conta:
Sou conhecido no mundo todo como um santo que semeou muita alegria a mancheias. Ou melhor, como escreveu alguém que me conhecia pessoalmente, fiz da alegria cristã “o décimo primeiro mandamento”. A experiência convenceu-me não ser possível um trabalho educativo sem este admirável impulso, este belo percurso a mais que é a alegria. E para que os meus jovens estivessem intimamente persuadidos disso, eu acrescentava: “Se quereis que a vossa vida seja alegre e tranquila, deveis procurar viver na graça de Deus, pois o coração do jovem que vive no pecado é como o mar em agitação contínua”. Eis porque sempre recordava que “a alegria nasce da paz do coração”. E insistia: “Eu não quero outra coisa dos jovens senão que sejam bons e sempre alegres”.
Há quem, às vezes, me apresente como o eterno saltimbanco dos Becchi e pense fazer-me um grande favor. Mas é uma imagem muito redutiva do meu ideal. Os jogos, as excursões, a banda de música, as representações teatrais, as festas eram um meio, não um fim. Eu tinha em mente o que escrevia abertamente aos meus jovens: “Um só é o meu desejo: ver-vos felizes no tempo e na eternidade”.