Sudão do Sul: a vida de um missionário entre o povo

Terça, 06 Dezembro 2016 12:09 Escrito por  InfoANS
Sudão do Sul: a vida de um missionário entre o povo InfoANS
O Sudão do Sul é o país mais novo do mundo: proclamou a independência há cinco anos; mas até agora a situação é preocupante. Os perigos rondam os caminhos e as ruas, e o caos reina soberano. O conflito interno destruiu o país e agora os efeitos são mais que evidentes.

No Sudão do Sul trabalha um missionário salesiano, o padre Jan Marciniak, polonês atuante nas missões desde 1991. Antes disso serviu também em Uganda, Quênia e Tanzânia. Os seus paroquianos em Uganda o apelidaram “Kikomeko”, isto é, “Bom como o elefante”.

 

“A vida na missão é muito modesta, diz o padre Marciniak. Não se passa fome, mas as nossas refeições são muito simples: arroz, feijão, alguma verdura, banana ou laranja; todos os dias! Mas já me acostumei. Aceitar esse estilo de vida e a falta de comodidades, faz parte da vida cotidiana de um missionário”.

 

A obra missionária salesiana está no povoado de Manguo, a 6 km da cidade de Maridi, no sul do país. Ali os salesianos animam a Paróquia São João Bosco, três escolas elementares, uma escola secundária e um oratório, onde os jovens vão jogar futebol e passar o tempo livre. Vivem ali, 10 aspirantes na comunidade salesiana , isto é, rapazes que fazem o colegial e demonstram interesse em entrar para a vida salesiana.

As escolas normalmente funcionam graças às missões e são, sobretudo, um local seguro para os alunos. O maior problema dos alunos, entretanto, é a fome. Muitos deles vão à escola em jejum e, é claro, dormem nas aulas. Para muitos há uma só refeição ao dia, servida quando voltam para casa, mas nem disso podem estar certos.

 

Na missão de Maridi e nas vilas próximas há muitas crianças, porque as famílias são numerosas. Nem todos podem estudar por causa da extrema pobreza, e metade das crianças não vai à escola. Sendo analfabetos, os pais não sentem a necessidade de mandar os filhos estudar; preferem que fiquem em casa para ajudar na lavoura, cuidar dos irmãos mais novos ou pedir esmola pelas ruas e estradas.

 

O povo é pobre: “A fome é a sua companheira cotidiana, acrescenta o padre Marciniak. Por isso, com frequência, são apáticos, tristes, deprimidos: parecem preguiçosos e sem perspectivas de um futuro melhor”.

 

InfoANS

 

 

 

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Última modificação em Quarta, 07 Dezembro 2016 00:08

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Terça, 06 Dezembro 2016 12:09 Escrito por  InfoANS
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O Sudão do Sul é o país mais novo do mundo: proclamou a independência há cinco anos; mas até agora a situação é preocupante. Os perigos rondam os caminhos e as ruas, e o caos reina soberano. O conflito interno destruiu o país e agora os efeitos são mais que evidentes.

No Sudão do Sul trabalha um missionário salesiano, o padre Jan Marciniak, polonês atuante nas missões desde 1991. Antes disso serviu também em Uganda, Quênia e Tanzânia. Os seus paroquianos em Uganda o apelidaram “Kikomeko”, isto é, “Bom como o elefante”.

 

“A vida na missão é muito modesta, diz o padre Marciniak. Não se passa fome, mas as nossas refeições são muito simples: arroz, feijão, alguma verdura, banana ou laranja; todos os dias! Mas já me acostumei. Aceitar esse estilo de vida e a falta de comodidades, faz parte da vida cotidiana de um missionário”.

 

A obra missionária salesiana está no povoado de Manguo, a 6 km da cidade de Maridi, no sul do país. Ali os salesianos animam a Paróquia São João Bosco, três escolas elementares, uma escola secundária e um oratório, onde os jovens vão jogar futebol e passar o tempo livre. Vivem ali, 10 aspirantes na comunidade salesiana , isto é, rapazes que fazem o colegial e demonstram interesse em entrar para a vida salesiana.

As escolas normalmente funcionam graças às missões e são, sobretudo, um local seguro para os alunos. O maior problema dos alunos, entretanto, é a fome. Muitos deles vão à escola em jejum e, é claro, dormem nas aulas. Para muitos há uma só refeição ao dia, servida quando voltam para casa, mas nem disso podem estar certos.

 

Na missão de Maridi e nas vilas próximas há muitas crianças, porque as famílias são numerosas. Nem todos podem estudar por causa da extrema pobreza, e metade das crianças não vai à escola. Sendo analfabetos, os pais não sentem a necessidade de mandar os filhos estudar; preferem que fiquem em casa para ajudar na lavoura, cuidar dos irmãos mais novos ou pedir esmola pelas ruas e estradas.

 

O povo é pobre: “A fome é a sua companheira cotidiana, acrescenta o padre Marciniak. Por isso, com frequência, são apáticos, tristes, deprimidos: parecem preguiçosos e sem perspectivas de um futuro melhor”.

 

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