As irmãs salesianas estão no Nepal desde 1997 e lançaram-se logo a colaborar na escola dos Jesuítas, em Jawalakhel, com ‘razão e amorevoleza’. “Enquanto os anos passavam demo-nos conta de que a falta de uma boa instrução e de um conhecimento, na formação especializada, tornava vulnerável a vida de muitas jovens na sociedade”.
Para favorecer a instrução e envolver as jovens órfãs e em condições difíceis, as religiosas salesianas compraram um terreno em Thecho, perto da Capital: ali, em 2001, foi iniciado um internato que acolhe 28 meninas, não só cristãs, também de outras crenças. Perto desenvolveram uma oficina de corte e costura para 15 mulheres e jovens mães, que não haviam podido terminar o ciclo de estudos. Muitas, hoje, graças a essa formação recebida, estão em condições de manter um trabalho autônomo. Para a tarde, encaminharam também um centro de ensino para as crianças mais pobres.
Além do aspecto formativo, as FMA são chamadas a animar a pastoral da paróquia e a visitar as famílias dos alunos nas vilas, porque assim “sabemos como vivem e as lutas que enfrentam na cotidianidade”.
O povo é sociável, habituado a viver de modo simples e, sobretudo, o componente feminino, a trabalhar duramente (ainda que os jovens se deixem facilmente capturar pela mídia e imitem o estilo de vida ocidental, causando disparidade...)
Hoje o país tem pela frente “uma longa estrada para escrever um futuro melhor”, que também ofereça “muito espaço para a evangelização e o anúncio do Evangelho” , conclui a religiosa.
A presença das FMA e de religiosos, que se dedicam à valorização da situação da mulher no país, é mais do que nunca necessária: demonstra-o também a recente operação da polícia que levou ao cárcere uma quadrilha de traficantes, que transferia mulheres nepalesas a países ocidentais. Em sua recente viagem à Europa, padre George Menamparampil debateu com os superiores da Congregação Salesiana e os benfeitores do exterior, a possibilidade de realizar programas específicos de formação para mulheres.