A juventude dessa nova geração, da qual também eu faço parte, tem uma facilidade incrível de transitar rapidamente entre essas duas realidades: local e virtual. Os jovens possuem uma lista cheia de amigos nas redes sociais e promovem uma vida dentro da rede que nem sempre é compatível com a que é vivida fora dela, em casa, com a família, na escola, com os amigos. A partir daí começam os desafios para os educadores.
Enquanto pensava nisso, resolvi analisar minha lista de amizades nas redes sociais que frequento e, apesar de cheias, não representam a realidade das relações que vivo com aquele grande número de pessoas tanto dentro quanto fora da rede. Mas afinal, qual será essa necessidade de termos sempre as listas cheias?
Existem muitas pessoas que usam as redes sociais para se relacionar, trocar informações e debater questões importantes em grupos, já outras preferem utilizar tão somente como lazer e entretenimento. O risco está justamente em fazer mau uso dessas ferramentas cibernéticas, que por serem tão abrangentes, são igualmente muito perigosas.
Quanto risco pode correr um jovem ao deparar com pessoas mal intencionadas, que fazem uso da rede para fazer vítimas, ou quanto risco pode ele mesmo correr criando um personagem que vive apenas dentro da rede e extravasa tudo aquilo que fora ele não se sente capaz de fazer? O que fazer então? Defender o uso responsável da rede. Isso quer dizer, sim, que é preciso se educar para fazer uso dela, todos correm os mesmos riscos de cair em armadilhas.
Internet é sinônimo de muita coisa boa: relacionamentos expandidos, fonte de conhecimento, campo de debate de questões fundamentais e tantas outras coisas mais. Façamos bom uso dela e vamos descobrir que ela pode deixar de ser apenas uma janela alternativa, e que podemos ver através dela o mundo real.
Wellington Gonçalves é ex-aluno salesiano e atualmente cursa Filosofia na Faculdade Salesiana Dom Bosco e colabora como catequista na Paróquia Dom Bosco, no Centro de Manaus, AM