Pedagogia da Bondade: a homilia do Reitor-Mor

Quinta, 16 Agosto 2012 12:21 Escrito por  InfoANS
  Também neste ano o Reitor-Mor foi ao Colle Don Bosco, Itália, para presidir a Eucaristia no lugar em que nasceu o pequeno João Melchior, que para todos se tornou: Dom Bosco. A celebração marcou oficialmente a passagem do primeiro ao segundo ano de preparação ao bicentenário de seu nascimento; e a passagem do primeiro tema (conhecimento da sua história) ao segundo: o conhecimento da sua pedagogia. A homilia oferece tópicos interessants para a reflexão e a ação do educador salesiano.

“Depois de empenhar-nos no ano passado em conhecer Dom Bosco mais profundamente, em amá-lo mais intensamente e em imitá-lo mais fielmente na sua absoluta entrega a Deus e na sua total dedicação aos jovens – disse o Reitor-Mor no exórdio da homilia –, neste ano somos convidados a contemplá-lo como educador e portanto a aprofundar, atualizar e inculturar o seu Sistema Preventivo”. A homilia prosseguiu usando a primeira pessoa, com as palavras de Dom Bosco. 

Dom Bosco fala da sua experiência educativa fundada na “alegria verdadeira, que nasce do coração de quem se deixa guiar por Deus". Uma alegria limpa de pecado, que “nasce da paz do coração”; uma alegria confiante na Providência de Deus, uma das tantas lições de vida que havia aprendido de sua mãe.

Sublinham-se algumas características da ação de Dom Bosco:

  • - a alegria do encontro com os meninos: “Esperava os meus meninos aos domingos pela manhã em Valdocco. Era para mim uma festa”;
  • - o testemunho do seu sacerdócio pela educação: “Tornei-me educador dos jovens porque era um padre para eles”;
  • - a criatividade que visava o bem dos meninos: “Um só é o meu desejo: vê-los felizes no tempo e na eternidade”.

Na experiência de Dom Bosco a alegria da alma tornou-se caminho de santidade e clima de família partilhados com os meninos. A referência se faz a dois jovens – Domingos Sávio e Francisco Besucco – dos quais Dom Bosco escreveu as biografias. Uma alegria que, conjugada com o dever (estudo) e a religião (piedade), constrói o ambiente educativo sem retirar da realidade: “Quando comecei Valdocco, tinha um sonho no coração: criar um clima de família para tantos jovens que estavam longe de casa por causa do trabalho ou que talvez nunca tivessem provado um gesto de verdadeiro afeto. A alegria ajudava a criar esse ambiente. Fazia superar as muitas angústias da pobreza e devolvia serenidade a tantos corações”. Para Dom Bosco a alegria, fundada em Cristo, “era uma coisa tremendamente séria!” E queria que os seus jovens o soubessem. Nessa perspectiva o pátio, as festas, o teatro, a música, o canto, os passeios autunais tinham uma importância relevante, fazendo do educador um mestre e um aluno.

A finalidade de “O Jovem Instruído”, livro de formação cristã publicado em 1847, era expressa nas primeiras páginas: ‘Servir a Deus com alegria’. A alegria para Dom Bosco não era inconsciência ou superficialidade: confluía ao otimismo, à confiança amorosa e filial num Deus providente. “Não me bastava que os jovens estivessem alegres; queria que eles também difundissem clima de festa, de entusiasmo, de amor à vida. Queria-os construtores de esperança e de júbilo, missionários de outros jovens mediante um apostolado contagiante de alegria”.

texto integral da homilia está disponível em português no site dos Salesianos de Dom Bosco: www.sdb.org

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Última modificação em Segunda, 27 Agosto 2012 12:05

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Pedagogia da Bondade: a homilia do Reitor-Mor

Quinta, 16 Agosto 2012 12:21 Escrito por  InfoANS
  Também neste ano o Reitor-Mor foi ao Colle Don Bosco, Itália, para presidir a Eucaristia no lugar em que nasceu o pequeno João Melchior, que para todos se tornou: Dom Bosco. A celebração marcou oficialmente a passagem do primeiro ao segundo ano de preparação ao bicentenário de seu nascimento; e a passagem do primeiro tema (conhecimento da sua história) ao segundo: o conhecimento da sua pedagogia. A homilia oferece tópicos interessants para a reflexão e a ação do educador salesiano.

“Depois de empenhar-nos no ano passado em conhecer Dom Bosco mais profundamente, em amá-lo mais intensamente e em imitá-lo mais fielmente na sua absoluta entrega a Deus e na sua total dedicação aos jovens – disse o Reitor-Mor no exórdio da homilia –, neste ano somos convidados a contemplá-lo como educador e portanto a aprofundar, atualizar e inculturar o seu Sistema Preventivo”. A homilia prosseguiu usando a primeira pessoa, com as palavras de Dom Bosco. 

Dom Bosco fala da sua experiência educativa fundada na “alegria verdadeira, que nasce do coração de quem se deixa guiar por Deus". Uma alegria limpa de pecado, que “nasce da paz do coração”; uma alegria confiante na Providência de Deus, uma das tantas lições de vida que havia aprendido de sua mãe.

Sublinham-se algumas características da ação de Dom Bosco:

  • - a alegria do encontro com os meninos: “Esperava os meus meninos aos domingos pela manhã em Valdocco. Era para mim uma festa”;
  • - o testemunho do seu sacerdócio pela educação: “Tornei-me educador dos jovens porque era um padre para eles”;
  • - a criatividade que visava o bem dos meninos: “Um só é o meu desejo: vê-los felizes no tempo e na eternidade”.

Na experiência de Dom Bosco a alegria da alma tornou-se caminho de santidade e clima de família partilhados com os meninos. A referência se faz a dois jovens – Domingos Sávio e Francisco Besucco – dos quais Dom Bosco escreveu as biografias. Uma alegria que, conjugada com o dever (estudo) e a religião (piedade), constrói o ambiente educativo sem retirar da realidade: “Quando comecei Valdocco, tinha um sonho no coração: criar um clima de família para tantos jovens que estavam longe de casa por causa do trabalho ou que talvez nunca tivessem provado um gesto de verdadeiro afeto. A alegria ajudava a criar esse ambiente. Fazia superar as muitas angústias da pobreza e devolvia serenidade a tantos corações”. Para Dom Bosco a alegria, fundada em Cristo, “era uma coisa tremendamente séria!” E queria que os seus jovens o soubessem. Nessa perspectiva o pátio, as festas, o teatro, a música, o canto, os passeios autunais tinham uma importância relevante, fazendo do educador um mestre e um aluno.

A finalidade de “O Jovem Instruído”, livro de formação cristã publicado em 1847, era expressa nas primeiras páginas: ‘Servir a Deus com alegria’. A alegria para Dom Bosco não era inconsciência ou superficialidade: confluía ao otimismo, à confiança amorosa e filial num Deus providente. “Não me bastava que os jovens estivessem alegres; queria que eles também difundissem clima de festa, de entusiasmo, de amor à vida. Queria-os construtores de esperança e de júbilo, missionários de outros jovens mediante um apostolado contagiante de alegria”.

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