Procuradoria Missionária Salesiana de Madri lança campanha para lembrar Bangui

Quarta, 12 Março 2014 10:35 Escrito por  InfoANS
Para continuar a dar apoio à população necessitada de Bangui, capital da República Centro-Africana, a Procuradoria Missionária Salesiana de Madri lançou a campanha “Te lembras ainda do Centro-África?”, campanha que deseja chamar a atenção para a grave situação desse país e pedir à Comunidade Internacional que não ignore a triste situação que lá impera.

Desde o dia 5 de dezembro de 2013, por causa da violência entre diversos grupos armados em Bangui, centenas de milhares de pessoas procuraram refúgio junto as instituições que oferecem certa segurança, como igrejas e o aeroporto. Uma Paróquia Salesiana e o Centro Dom Bosco continuam a acolher os refugiados.  

A Paróquia salesiana de Galabdja – bairro da Capital – conta com quatro religiosos, uma escola e um dispensário médico continuamente aberto: de noite chega a sediar mais de 20.000 pessoas. O Centro Dom Bosco, em Damala, Bangui, também conta com quatro salesianos operativos à frente de um liceu e uma escola profissional: que atualmente hospeda 50.000 pessoas. No aeroporto no momento calcula-se que há cerca de 60.000 refugiados. Mas, há algum tempo chegou a ter mais de 100.000.

Comenta um dos Salesianos: “No início era o caos em nossa Paróquia, em Galabdja. Mas depois – quando conseguimos organizar-nos com o povo da paróquia e do bairro, e depois ainda com a chegada dos militares congoleses e de algumas instituições internacionais, como a Cruz Vermelha, ‘Action contre la Faim’, PAM, ‘Médicos do Mundo’ e UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), por meio da assistência médica – a distribuição de comida, os serviços higiênicos e a situação em geral ficou sob controle, ainda que sempre precária...”.

As dificuldades para conseguir alimentos são ainda muitas. Prossegue, por exemplo, o salesiano: “A última distribuição em nossa Paróquia se fez em 9 de janeiro. Isto é, faz dois meses que não recebemos qualquer ajuda alimentar. Parece miraculoso que esse povo possa resistir por tão longo tempo sem desfalecer”.

Na obra de Damala, os desabrigados são muito mais ainda: “Inicialmente, na Comunidade quase ficamos sepultados pela maré de gente que se ajeitou por todos os recantos: pátios, salas, igreja... Como enfrentar os problemas de segurança, a distribuição de água, serviços sanitários, além de receber numerosos feridos e mesmo... cadáveres? Tivemos que acolher em comunidade também diversos sacerdotes, obrigados a fugir por causa da situação insustentável em suas paróquias” – conta um dos salesianos, do Centro Dom Bosco.

Quanto à vida religiosa, observa que “embora os problemas cotidianos não sejam poucos, organizamos a nossa vida comunitária, passando juntos pelo menos alguns momentos fortes do dia. Também nas grandes dificuldades não perdemos a paz e sempre nos estivemos apoiando mutuamente. O auxílio constante e materno de Maria Auxiliadora, nós temos o sentido muito claramente em cada momento desta terrível crise humanitária”.

 

InfoANS


Notícia relacionada: Bangui: novas tensões entre os refugiados

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Última modificação em Sexta, 28 Junho 2024 19:34

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Quarta, 12 Março 2014 10:35 Escrito por  InfoANS
Para continuar a dar apoio à população necessitada de Bangui, capital da República Centro-Africana, a Procuradoria Missionária Salesiana de Madri lançou a campanha “Te lembras ainda do Centro-África?”, campanha que deseja chamar a atenção para a grave situação desse país e pedir à Comunidade Internacional que não ignore a triste situação que lá impera.

Desde o dia 5 de dezembro de 2013, por causa da violência entre diversos grupos armados em Bangui, centenas de milhares de pessoas procuraram refúgio junto as instituições que oferecem certa segurança, como igrejas e o aeroporto. Uma Paróquia Salesiana e o Centro Dom Bosco continuam a acolher os refugiados.  

A Paróquia salesiana de Galabdja – bairro da Capital – conta com quatro religiosos, uma escola e um dispensário médico continuamente aberto: de noite chega a sediar mais de 20.000 pessoas. O Centro Dom Bosco, em Damala, Bangui, também conta com quatro salesianos operativos à frente de um liceu e uma escola profissional: que atualmente hospeda 50.000 pessoas. No aeroporto no momento calcula-se que há cerca de 60.000 refugiados. Mas, há algum tempo chegou a ter mais de 100.000.

Comenta um dos Salesianos: “No início era o caos em nossa Paróquia, em Galabdja. Mas depois – quando conseguimos organizar-nos com o povo da paróquia e do bairro, e depois ainda com a chegada dos militares congoleses e de algumas instituições internacionais, como a Cruz Vermelha, ‘Action contre la Faim’, PAM, ‘Médicos do Mundo’ e UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), por meio da assistência médica – a distribuição de comida, os serviços higiênicos e a situação em geral ficou sob controle, ainda que sempre precária...”.

As dificuldades para conseguir alimentos são ainda muitas. Prossegue, por exemplo, o salesiano: “A última distribuição em nossa Paróquia se fez em 9 de janeiro. Isto é, faz dois meses que não recebemos qualquer ajuda alimentar. Parece miraculoso que esse povo possa resistir por tão longo tempo sem desfalecer”.

Na obra de Damala, os desabrigados são muito mais ainda: “Inicialmente, na Comunidade quase ficamos sepultados pela maré de gente que se ajeitou por todos os recantos: pátios, salas, igreja... Como enfrentar os problemas de segurança, a distribuição de água, serviços sanitários, além de receber numerosos feridos e mesmo... cadáveres? Tivemos que acolher em comunidade também diversos sacerdotes, obrigados a fugir por causa da situação insustentável em suas paróquias” – conta um dos salesianos, do Centro Dom Bosco.

Quanto à vida religiosa, observa que “embora os problemas cotidianos não sejam poucos, organizamos a nossa vida comunitária, passando juntos pelo menos alguns momentos fortes do dia. Também nas grandes dificuldades não perdemos a paz e sempre nos estivemos apoiando mutuamente. O auxílio constante e materno de Maria Auxiliadora, nós temos o sentido muito claramente em cada momento desta terrível crise humanitária”.

 

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