A obra é fruto de uma parceria do UNISAL, por meio do curso de História, e da empresa AGC para a preservação da cultura e da memória sociais, e faz parte de um projeto que contempla uma exposição realizada no Museu Frei Galvão, em Guaratinguetá, e uma exposição itinerante, que percorrerá escolas da região. A mostra reúne fotografias, medalhas, capacetes, cartas, panfletos e outros documentos da revolução.
O projeto está vinculado ao Centro de Extensão Universitária e Ação Comunitária Padre Carlos Leôncio da Silva e à Pró-reitoria de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral do UNISAL.
A região do Vale do Paraíba foi palco de importante de combates durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e foi também o local onde eram organizados os batalhões de voluntários. Destacam-se as cidades de Guaratinguetá, Aparecida, Cunha, Cachoeira Paulista, Taubaté, Areias e Lorena, entre outras. Foram quase três meses de batalhas sangrentas, encerradas em 2 de outubro do mesmo ano, com a derrota militar dos constitucionalistas.
Revolução Constitucionalista de 1932
A Revolução Constitucionalista foi um movimento armado ocorrido no estado de São Paulo, entre os meses de julho e outubro de 1932, contra o Governo Provisório de Getúlio Vargas e em defesa da promulgação de uma nova constituição para o Brasil.
A insatisfação, que culminou em 1932, começou alguns anos antes com o rompimento da chamada “política do café com leite”. Durante a República Velha (1889-1930), formou-se uma aliança entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, que eram os mais ricos e influentes do país na época. Por essa aliança, conhecida como “política do café com leite”, representantes dos dois estados alternavam-se no posto da presidência da república.
Em 1930, porém, o presidente Washington Luís, representante dos paulistas, rompe a aliança com os mineiros e indica o governador de São Paulo Júlio Prestes como seu sucessor. Júlio Prestes vence as eleições, mas as oligarquias mineiras não aceitam o resultado e, por meio de um golpe de estado articulado com os estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba, colocam Getúlio Vargas no poder.
Getúlio torna-se um ditador, suspende a Constituição de 1891, fecha o Congresso Nacional e depõe governadores de diversos estados, passando a nomear interventores. As medidas desagradam profundamente as elites paulistas tradicionais, que começam a se articular contra o governo.
Inspetoria Salesiana de São Paulo