Os salesianosse empenharam especialmente pelos jovens. Eles não se contentaram em trabalhar na capital, e foram pioneiros das missões na cidade de Darkhan, a cerca de 100 quilômetros da fronteira com a Rússia. Agora, a delegação da Mongólia tem 13 companheiros que trabalham nas duas comunidades e pertencem à Inspetoria do Vietnã.
Escola Técnica Dom Bosco
Após um período deestudo e preparação, em outubro de 2001 os salesianos inauguraram o Centro Técnico Dom Bosco, com um número modesto de 25 alunos em duas turmas de vestuário e marcenaria. Em 2006, foi construído um novo prédio e hoje o Centro tem um número crescente de estudantes: no ano escolar de 2011-2012, estavam matriculados 325 alunos. Padre Andrew Nguyen Trung Tin acrescenta: “No futuro, para modernizar e adaptar os padrões de qualidade da formação, construiremos salas de aula, laboratórios, bibliotecas ainda maiores. A formação dessas habilidades comqualidade é necessária para um país que está se desenvolvendo gradualmente”.
Crianças de rua
Como no tempode Dom Bosco, jovens oriundos de áreas rurais e acostumados à vida nômade deixaram o campo para viver na cidade e muitos foram abandonados. Um par de dias por semana, com a ajuda dealguns estudantes coreanos, o padre Simon Lee e o clérico Paul Trung iam ao local onde está o sistema de aquecimento da cidade à noite, carregando velas e um pouco de chá quente. Encontravam com os meninos e meninas da rua, dando-lhes comida e amizade. Depois de um tempo, os levaram ao Oratório Dom Bosco, inserindo-os gradualmente nas atividades.
Em 2003, coma ajuda de empresas coreanas, padre Simon Lee encontrou uma área grande o suficiente para começar, em Amagalang, um centro de juventude para as crianças de rua. Inicialmente, padre Simon montou um "Ger" (uma espécie de casa-tenda de feltro), em seguida, com a ajuda da Inspetoria da Coreia, construiu casas que abrigavam melhor do frio. Em 2009, o centro foi transferido de Amagalang para Ulan Bator. O governo, apesar de não dar uma contribuição material para suprir o centro, envia os jovens difíceis na esperança de que o método de ensino dos salesianos os ajude.
Aprimeira cruz no céu deDarkhan
Em 2 deabril de 2005, os salesianos compraram um antigo albergue e abriram um Oratório. Uma sala no piso térreo tornou-se uma capela com um pequeno crucifixo, o primeiro na terra de Darkhan. Um ano depois, 12 pessoas foram batizadas. Os salesianos abriram também um Centro de Estudos com aulas de informática, inglês, pintura, música, agricultura, tipografia. Hoje, os cristãos são 160, e seguem o catecismo.
Em 31 de maiode 2012, realizou-se a festa da Visitação. Monsenhor Padilla presidiu a missa para consagrar a nova Igreja da paróquia salesiana de Darkhan dedicada a Maria Auxiliadora. A decoração é obra de um artista que leciona no Centro Dom Bosco, que conseguiu criar uma sensação de calor para os fiéis, em contraste com o frio da Mongólia.
Desafios
Viver na Mongólia significa ter umverão fresco, mas um inverno rigoroso, de até 40 graus negativos. A mentalidade nômade é a cultura do provisório. Os jovens se contentam com pouco, e não são muito estimulados a um compromisso duradouro. A grande maioria dos mongóis pratica o budismo tibetano; no entanto, são sensíveis à fé religiosa. A Igreja Católica é percebida como uma realidade estrangeira. Mas no contato com o Oratório, a escola profissionalizante, o centro de ajuda e a paróquia, os jovens sentem a proximidade e amizade dos salesianos.
Os missionários salesianosna Mongólia veem que os jovens e todos aqueles acolhidos têm uma forte gratidão, convicção e coragem para enfrentar as dificuldades e superá-las. Monsenhor Padilla, que representa a Igreja oficial, pode, portanto, afirmar que as obras dos salesianos têm raízes fortes e permanecerão na Mongólia.
Texto originalmente publicado em Bollettino Salesiano – Itália, set. 2012.
Tradução: Elaine Tozetto
