O Boletim Salesiano, como uma Obra da Família Salesiana de Dom Bosco, se insere neste vasto trabalho e movimento que a Igreja do Brasil está realizando ao “promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus”.
Entre os objetivos específicos do Ano Vocacional destacamos um que está ligado à nossa missão salesiana. Se pede para “acompanhar cada jovem, de modo personalizado, em uma maior proximidade e compreensão, favorecendo seu protagonismo e impulsionando-o ao serviço generoso e à missão”. Neste objetivo estão todos os elementos da nossa espiritualidade salesiana. Segundo Francisco de Sales e Dom Bosco, o acompanhamento deve ser personalizado, humanista e marcado por uma profunda amizade. O acompanhante é um amigo fiel, é um tesouro de sabedoria. Então, o Boletim Salesiano convida toda a Família Salesiana para participar de uma maneira bem salesiana deste 3º Ano Vocacional do Brasil.
Com certeza, neste BS, o leitor encontrará muitas ações que foram realizadas no intuito de acompanhar cada jovem. Cito, por exemplo, as experiências relatadas no artigo do seminarista salesiano Gustavo da Silva Souza. Ele afirma em seu artigo: “Quando se tem confiança entre o educador e o jovem, há a possibilidade de um caminho de descobertas e maturação”.
O Papa Francisco nos convocou para o Sínodo que tem como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Convido nosso leitor a ler e refletir sobre o artigo do padre João Mendonça, “A sinodalidade à luz do carisma salesiano: questão fundamental”. Padre Mendonça nos questiona: “Como conseguimos envolver até agora nossos adolescentes e jovens, colaboradores, Família Salesiana, paróquias, obras sociais, escolas e grupos juvenis nesse mutirão sinodal?”.
“A boca só fala aos ouvidos. O coração, fala ao coração”. Assim dizia Francisco de Sales, que iremos celebrar neste mês. Destaco neste BS o artigo do padre Assis Moser, que apresenta algumas características a serem vivenciadas no dia a dia, através da espiritualidade do nosso santo padroeiro e de Dom Bosco, que também celebraremos no final do mês. Também chamo atenção para o artigo da irmã Márcia Koffermann, “Comunicar com o coração: profecia cristã no mundo atual”. Nossa espiritualidade e nossa comunicação são muito marcadas por este “falar ao coração”.
“Procura fazer-te amar!”, dizia Dom Bosco para Miguel Rua. Celebrando nosso fundador, destacamos o que escreveu o seminarista Fernando Campos Peixoto no seu artigo: “Iniciando um novo ano, estamos repletos de novos projetos e ideais, e empenhados na realização de sonhos e conquistas. Por isso, com certeza, carregados de muitos bons propósitos. Podemos, então, neste espírito de renovação, acrescentar mais um proposito à nossa vida que, certamente, nos ajudará a ganhar o céu: esforçar-me por fazer-me amar. Assim, no singular, para demonstrar que o compromisso é pessoal”.
O ano de 2023 tem, então, metas bem precisas: Ano Vocacional, sínodo e a Estreia que nos convida a sermos fermento na família humana hoje! “Com a nossa pedagogia e espiritualidade pretendemos ajudar as crianças e particularmente os adolescentes e os jovens a descobrirem que cada um deles pode ser como o fermento de que fala Jesus, como o bom fermento que ajuda a crescer e tornar maior e mais saboroso o ‘pão da Família Humana’. E cada um deles pode ser verdadeiro protagonista e ter uma autêntica missão ao lado de Jesus ou como um bom crente na religião que professa”, explica o Reitor-mor.