“Como reencontrar e reencantar os jovens depois de um período tão difícil, no qual também foram vítimas, e em um mundo que tende ao individualismo?”.
Esses e outros desafios encontram oportunidades de evangelização para mais de 100 representantes de todos os regionais do Brasil, entre dioceses, movimentos, comunidades e congregações, que participam do 3º Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil, que teve início nesta sexta-feira, dia 17 de junho.
Após cinco anos do último encontro de revitalização, realizado em Brasília, DF, em 2017, o encontro ocorre na Arquidiocese de Niterói, RJ, e tem como um dos objetivos a construção do novo Plano Trienal de Evangelização da Juventude (2022-2025).
“É importante que todos compreendam que o encontro de agora não nasceu do nada, mas faz parte de um lindo itinerário da Pastoral Juvenil no Brasil, cada passo com suas ações, realidades e importância. Após os anos do Projeto IDE!, nos reunimos para elaborar e colocar em prática um novo projeto, construído de forma conjunta, e que nos exortará nos próprios anos”, salientou o padre Antonio Ramos do Prado, SDB, assessor externo da CEPJ.
A missa de abertura foi realizada na igreja matriz da Paróquia São Francisco Xavier, ao lado do Colégio Assunção, onde acontece o evento. Presidida pelo arcebispo de Niterói, dom José Francisco Rezende Dias, e concelebrara pelos bispos dom Nelson Francelino Ferreira, bispo de Valença, RJ, e presidente da CEPJ; dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo auxiliar de Belém, PA, e membro da CEPJ; dom Darley José Kummer, bispo auxiliar de Porto Alegre, RS, e dom Júlio César Souza de Jesus, bispo auxiliar de Fortaleza, CE.
A mística do novo projeto
Dom Nelson Francelino Ferreira apresentou a mística que iluminará o novo projeto de evangelização: a passagem bíblica dos Discípulos de Emaús (Lc 21,13-35). Para o bispo, a postura acolhedora de Jesus quando encontra e caminha com os peregrinos, que voltavam tristes de Jerusalém, é a metodologia que mostra como deve ser a evangelização com os jovens, em especial depois de um período no qual, como a pandemia, estão tão marcados pela “dor, angústia, morte e decepção”.
“A passagem bíblica nos mostra que este ambiente não é lugar para precipitação ou moralismo, de se antepor às pessoas sem nenhuma sensibilidade. A primeira atitude do Cristo Ressuscitado não foi de censura, reprovação, de dizer ‘Voltem para Jerusalém e deixem de ser fracos e covardes’. Ao contrário, Ele se aproxima e ouve. É inspirador para todos nós esse parar, entrar na dinâmica, ouvir, sentir e, então, depois falar e interpretar com eles o que estava acontecendo e, num gesto sacramental, tomar lugar à mesa e partir o pão. A presença carinhosa e compreensiva faz com que os discípulos se sintam incluídos, por isso pedem ‘Fica conosco!’. Eu creio que emprestar o novo coração cheio de esperança e vitalidade para se aproximar desses corações desencantados seja uma direção segura para ressignificar e reprojetar nossa Pastoral Juvenil”, disse o bispo.
Outro momento importante de reflexão foi conduzido por dom Antônio de Assis Ribeiro, que salientou a importância de uma Pastoral Juvenil que promova um encontro com Jesus Cristo e desperte nos jovens a paixão pelo Reino de Deus. Clique aqui e saiba mais.
Forças e fraquezas; ameaças e oportunidades
Divididos em grupos por regionais, os participantes refletiram a síntese da análise feita da realidade juvenil, da Igreja e do projeto IDE! a partir dos itens: subsídios/formação, missão, estruturas de acompanhamento/assessoria, comunicação, protagonismo juvenil, espaço e atividades. Todos, então, responderam duas perguntas centrais que contribuirão na construção do novo projeto: “Quais os desafios apresentados são mais marcantes no seu regional?” e “Quais são as linhas de ação mais fragilizadas?”.
Fonte: Fonte: Adilson Zorzi - Jovens Conectados