Padre Inácio Stuchlý é venerável

Quarta, 23 Dezembro 2020 13:58 Escrito por  Agência Info Salesiana
No ultimo dia 21 de dezembro, o Papa Francisco autorizou a Congregação das Causas dos Santos a promulgar o decreto relativo às virtudes heroicas do Servo de Deus Inácio Stuchlý, sacerdote professo da Sociedade de São Francisco de Sales, nascido em 14 de dezembro de 1869, em Bolesław (hoje Polônia) e falecido em Lukov (República Tcheca), em 17 de janeiro de 1953.


Nascido em numerosa família de camponeses, Inácio vive uma primeira intensa experiência de fé na escola, onde o professor Jan Kolibaj, grande devoto de Nossa Senhora, o interpela acerca da vocação sacerdotal. As suas precárias condições de saúde improvisadamente melhoram quando um “farmacêutico popular” não só lhe modifica o regime alimentar, mas também lhe anuncia o sacerdócio. Mas tal sonho apenas se concretiza muitos anos depois, e não sem algumas dificuldades devidas a circunstâncias externas, alheias a ele.


Muitos lhe falaram de Dom Bosco e, depois de várias vicissitudes, em 1894, está em Turim, acolhido e acompanhado em seu caminho vocacional pelo padre Miguel Rua, I sucessor de Dom Bosco. Inicia em Valsálice, Itália, o aspirantado. Ali conhece o venerável padre André Beltrami, que lhe marcará a caminhada de fé e a sua missão. Em 1895 inicia o noviciado em Ivrea, Itália. Às vésperas dos votos vive um momento de crise vocacional, que supera, graças à ajuda paterna do padre Rua que o exorta a fazer logo a profissão perpétua, realizada realmente em 29 de setembro de 1896.


Em 1901 Inácio é ordenado sacerdote pelo arcebispo da Gorícia, cardeal Missia, e, até 1910, se dedica aos meninos pobres, distinguindo-se como procurado confessor e guia espiritual: são anos de muito sacrifício, mas de grande fruto espiritual para as vocações. Em seguida, está na Eslovênia, entre Liubliana e Verzej, até 1924, dedicando as suas energias à manutenção das obras salesianas e à construção do lindíssimo Santuário de Maria Auxiliadora, em Liubliana. De 1925 a 1927 está de novo na Itália, em Perosa Argentina (Turim), como encarregado da formação de jovens provenientes de suas terras de origem - a Boêmia e a Morávia - visando inserir a Congregação Salesiana “no Norte”, segundo as palavras proféticas a ele ditas anos antes pelo padre Rua. Em 1927 volta à pátria, a Fryšták, onde desempenha cargos de governo, inclusive, desde 1935, de inspetor (Boêmia, Morávia, Eslováquia), vendo um florescimento extraordinário de presença salesiana. Enfrenta tanto a Segunda Guerra Mundial quanto a difusão do totalitarismo comunista: em ambos os casos, as obras salesianas são requisitadas, os irmãos arrolados ou ‘desaparecidos’; e ele vê de repente destruída toda aquela obra a que consagrara sua vida.


Quarenta dias antes da fatídica “Noite dos bárbaros”, em março de 1950, é atingido por um derrame: transcorre então os últimos três anos de vida, antes na casa de saúde de Zlín, depois, em Lukov, sempre vigiado pelo regime e isolado dos irmãos. Realiza-se assim a sua profecia: que morreria só. Mas ao redor do seu leito florescem a paz e a alegria, que ele irradia abundantemente. A grandíssima estima que ele sempre suscitara nos superiores e sua grande capacidade de amar e fazer-se amar, florescem então mais do que nunca em fama de santidade. Apaga-se serenamente na noite de 17 de janeiro de 1953.


Ecônomo, prefeito, vice-diretor, diretor, inspetor, o Servo de Deus desempenhara, em grande parte de sua vida, cargos de responsabilidade. Tal como o padre Rua, por ele tomado como exemplo, era considerado “a regra viva”, testemunha eficaz do espírito de Dom Bosco e capaz de transmiti-lo às gerações sucessivas, em contextos muito diferentes dos da Turim do oitocentos. «Inácio Stuchlý foi um religioso que não escreveu “regras”, mas as cumpriu». Em contextos difíceis e enfrentando-os com grande fé e esperança, deixa-nos uma mensagem de grande atualidade: «Trabalhemos enquanto é dia. Quando baixar a noite, Deus o fará».

 


Fonte: Agência Info Salesiana

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Última modificação em Quarta, 23 Dezembro 2020 14:09

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Padre Inácio Stuchlý é venerável

Quarta, 23 Dezembro 2020 13:58 Escrito por  Agência Info Salesiana
No ultimo dia 21 de dezembro, o Papa Francisco autorizou a Congregação das Causas dos Santos a promulgar o decreto relativo às virtudes heroicas do Servo de Deus Inácio Stuchlý, sacerdote professo da Sociedade de São Francisco de Sales, nascido em 14 de dezembro de 1869, em Bolesław (hoje Polônia) e falecido em Lukov (República Tcheca), em 17 de janeiro de 1953.


Nascido em numerosa família de camponeses, Inácio vive uma primeira intensa experiência de fé na escola, onde o professor Jan Kolibaj, grande devoto de Nossa Senhora, o interpela acerca da vocação sacerdotal. As suas precárias condições de saúde improvisadamente melhoram quando um “farmacêutico popular” não só lhe modifica o regime alimentar, mas também lhe anuncia o sacerdócio. Mas tal sonho apenas se concretiza muitos anos depois, e não sem algumas dificuldades devidas a circunstâncias externas, alheias a ele.


Muitos lhe falaram de Dom Bosco e, depois de várias vicissitudes, em 1894, está em Turim, acolhido e acompanhado em seu caminho vocacional pelo padre Miguel Rua, I sucessor de Dom Bosco. Inicia em Valsálice, Itália, o aspirantado. Ali conhece o venerável padre André Beltrami, que lhe marcará a caminhada de fé e a sua missão. Em 1895 inicia o noviciado em Ivrea, Itália. Às vésperas dos votos vive um momento de crise vocacional, que supera, graças à ajuda paterna do padre Rua que o exorta a fazer logo a profissão perpétua, realizada realmente em 29 de setembro de 1896.


Em 1901 Inácio é ordenado sacerdote pelo arcebispo da Gorícia, cardeal Missia, e, até 1910, se dedica aos meninos pobres, distinguindo-se como procurado confessor e guia espiritual: são anos de muito sacrifício, mas de grande fruto espiritual para as vocações. Em seguida, está na Eslovênia, entre Liubliana e Verzej, até 1924, dedicando as suas energias à manutenção das obras salesianas e à construção do lindíssimo Santuário de Maria Auxiliadora, em Liubliana. De 1925 a 1927 está de novo na Itália, em Perosa Argentina (Turim), como encarregado da formação de jovens provenientes de suas terras de origem - a Boêmia e a Morávia - visando inserir a Congregação Salesiana “no Norte”, segundo as palavras proféticas a ele ditas anos antes pelo padre Rua. Em 1927 volta à pátria, a Fryšták, onde desempenha cargos de governo, inclusive, desde 1935, de inspetor (Boêmia, Morávia, Eslováquia), vendo um florescimento extraordinário de presença salesiana. Enfrenta tanto a Segunda Guerra Mundial quanto a difusão do totalitarismo comunista: em ambos os casos, as obras salesianas são requisitadas, os irmãos arrolados ou ‘desaparecidos’; e ele vê de repente destruída toda aquela obra a que consagrara sua vida.


Quarenta dias antes da fatídica “Noite dos bárbaros”, em março de 1950, é atingido por um derrame: transcorre então os últimos três anos de vida, antes na casa de saúde de Zlín, depois, em Lukov, sempre vigiado pelo regime e isolado dos irmãos. Realiza-se assim a sua profecia: que morreria só. Mas ao redor do seu leito florescem a paz e a alegria, que ele irradia abundantemente. A grandíssima estima que ele sempre suscitara nos superiores e sua grande capacidade de amar e fazer-se amar, florescem então mais do que nunca em fama de santidade. Apaga-se serenamente na noite de 17 de janeiro de 1953.


Ecônomo, prefeito, vice-diretor, diretor, inspetor, o Servo de Deus desempenhara, em grande parte de sua vida, cargos de responsabilidade. Tal como o padre Rua, por ele tomado como exemplo, era considerado “a regra viva”, testemunha eficaz do espírito de Dom Bosco e capaz de transmiti-lo às gerações sucessivas, em contextos muito diferentes dos da Turim do oitocentos. «Inácio Stuchlý foi um religioso que não escreveu “regras”, mas as cumpriu». Em contextos difíceis e enfrentando-os com grande fé e esperança, deixa-nos uma mensagem de grande atualidade: «Trabalhemos enquanto é dia. Quando baixar a noite, Deus o fará».

 


Fonte: Agência Info Salesiana

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