Natal: a festa da fraternidade

Segunda, 21 Dezembro 2020 22:49 Escrito por  P. Tarcizio Paulo Odelli
“A festa do Natal chega de novo com a sua carga de luz e de esperança. Também este ano, não por certo propício às festas com a Covid-19 que ainda não quer deixar-nos, o presépio de Belém aparece diante dos nossos olhos e da nossa memória em toda a sua carga humana”, afirma o Reitor-Mor, na sua página deste Boletim.    

Certamente todos carregamos dentro de nós um grande desejo, que é a esperança de um mundo melhor. Este é o melhor presente de Natal que poderíamos receber. Mas é duro constatar que, além do vírus, existem outros tantos males muito maiores para o nosso mundo e que precisam também de imunizantes.

 

Em sua última encíclica, Fratelli Tutti, o Papa Francisco fala de uma renovada fraternidade e amizade social entre os povos e entre as pessoas. Ele sabe que não basta sermos solidários, precisamos ser fraternos. E é isso que está faltando no mundo. Portanto, o Natal tem um grande sentido para nós, porque ao nascer, Jesus veio pregar mais que a solidariedade, principalmente a fraternidade. A fraternidade que nos torna irmãos uns dos outros, responsáveis não somente por coisas que podemos doar, mas pela vida das pessoas que estão ao nosso redor.

 

Olhando atentamente para o nosso mundo, veremos irmãos e irmãs que precisam de nós. Precisam, mais que bens materiais para terem uma vida melhor, de gestos de acolhida, de carinho, de bondade, de afeto, de amor. Creio que este é o grande desafio que o Natal nos propõe. Muitas vezes reduzimos o Natal a meras festas com comida e bebida, esquecendo que somos irmãos e irmãs uns dos outros, no mundo todo.

 

Então, o Natal deverá produzir em nós uma mudança interna. E isso não é fácil fazer! Se preferirmos que o Natal seja somente uma festa de luzes, de fictícias alegrias que passam no dia seguinte, teremos que esperar mais um ano para que tudo aconteça novamente. Como dizia São Francisco de Sales, “não gosto das pessoas que, para se reformarem, iniciam o processo por fora, pelos vestidos, pelos cabelos, pelas aparências e não por dentro de si mesmas”. Esse processo de mudança interna supõe que tenhamos em primeiro lugar muito amor, porque a fraternidade é marcada pelo amor entre as pessoas. Amor que vem de Deus, doado gratuitamente pelo Menino de Belém.

 

O Boletim Salesiano apresenta nesta edição de Natal muitas ações que foram feitas pelos jovens, pelas escolas, pelas obras sociais e pelas paróquias salesianas. Ao ler ou assistir os vídeos com os depoimentos, o leitor notará que nós procuramos realizar essas ações dentro deste espírito de fraternidade. De Dom Bosco, herdamos o “espírito de família”, caracterizado pela presença do pai (na sua época, o próprio Dom Bosco e os salesianos) e pela presença dos “filhos” e “filhas” que, segundo este mesmo espírito familiar, devem se comportar como irmãos e irmãs. Por isso somos a Família Salesiana de Dom Bosco!

 

Então, nosso Natal não será uma festa meramente tradicional, marcada por coisas supérfluas que não geram fraternidade. Como nos diz o padre Ángel, “o Natal coloca diante de cada um de nós os eternos valores trazidos por este menino encarnado para uma humanidade faminta e por vezes enferma, privada de um horizonte atingível e porventura também de uma bússola de vida”. E um valor eterno é o da fraternidade, “que ama e acolhe a todos”, independentemente de estar aqui ou ali, ou de ter vindo de lá ou de acolá, no dizer do Papa Francisco.

 

O Conselho Editorial do Boletim Salesiano Brasil deseja a todos os seus leitores que este Natal de Jesus seja marcado pela fraternidade, que traga muito amor, alegrias, felicidades e paz para todos nós. Então, sim, poderemos dizer: Feliz Natal!

 

Toque AQUI para ler o Boletim Salesiano de Dezembro

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Natal: a festa da fraternidade

Segunda, 21 Dezembro 2020 22:49 Escrito por  P. Tarcizio Paulo Odelli
“A festa do Natal chega de novo com a sua carga de luz e de esperança. Também este ano, não por certo propício às festas com a Covid-19 que ainda não quer deixar-nos, o presépio de Belém aparece diante dos nossos olhos e da nossa memória em toda a sua carga humana”, afirma o Reitor-Mor, na sua página deste Boletim.    

Certamente todos carregamos dentro de nós um grande desejo, que é a esperança de um mundo melhor. Este é o melhor presente de Natal que poderíamos receber. Mas é duro constatar que, além do vírus, existem outros tantos males muito maiores para o nosso mundo e que precisam também de imunizantes.

 

Em sua última encíclica, Fratelli Tutti, o Papa Francisco fala de uma renovada fraternidade e amizade social entre os povos e entre as pessoas. Ele sabe que não basta sermos solidários, precisamos ser fraternos. E é isso que está faltando no mundo. Portanto, o Natal tem um grande sentido para nós, porque ao nascer, Jesus veio pregar mais que a solidariedade, principalmente a fraternidade. A fraternidade que nos torna irmãos uns dos outros, responsáveis não somente por coisas que podemos doar, mas pela vida das pessoas que estão ao nosso redor.

 

Olhando atentamente para o nosso mundo, veremos irmãos e irmãs que precisam de nós. Precisam, mais que bens materiais para terem uma vida melhor, de gestos de acolhida, de carinho, de bondade, de afeto, de amor. Creio que este é o grande desafio que o Natal nos propõe. Muitas vezes reduzimos o Natal a meras festas com comida e bebida, esquecendo que somos irmãos e irmãs uns dos outros, no mundo todo.

 

Então, o Natal deverá produzir em nós uma mudança interna. E isso não é fácil fazer! Se preferirmos que o Natal seja somente uma festa de luzes, de fictícias alegrias que passam no dia seguinte, teremos que esperar mais um ano para que tudo aconteça novamente. Como dizia São Francisco de Sales, “não gosto das pessoas que, para se reformarem, iniciam o processo por fora, pelos vestidos, pelos cabelos, pelas aparências e não por dentro de si mesmas”. Esse processo de mudança interna supõe que tenhamos em primeiro lugar muito amor, porque a fraternidade é marcada pelo amor entre as pessoas. Amor que vem de Deus, doado gratuitamente pelo Menino de Belém.

 

O Boletim Salesiano apresenta nesta edição de Natal muitas ações que foram feitas pelos jovens, pelas escolas, pelas obras sociais e pelas paróquias salesianas. Ao ler ou assistir os vídeos com os depoimentos, o leitor notará que nós procuramos realizar essas ações dentro deste espírito de fraternidade. De Dom Bosco, herdamos o “espírito de família”, caracterizado pela presença do pai (na sua época, o próprio Dom Bosco e os salesianos) e pela presença dos “filhos” e “filhas” que, segundo este mesmo espírito familiar, devem se comportar como irmãos e irmãs. Por isso somos a Família Salesiana de Dom Bosco!

 

Então, nosso Natal não será uma festa meramente tradicional, marcada por coisas supérfluas que não geram fraternidade. Como nos diz o padre Ángel, “o Natal coloca diante de cada um de nós os eternos valores trazidos por este menino encarnado para uma humanidade faminta e por vezes enferma, privada de um horizonte atingível e porventura também de uma bússola de vida”. E um valor eterno é o da fraternidade, “que ama e acolhe a todos”, independentemente de estar aqui ou ali, ou de ter vindo de lá ou de acolá, no dizer do Papa Francisco.

 

O Conselho Editorial do Boletim Salesiano Brasil deseja a todos os seus leitores que este Natal de Jesus seja marcado pela fraternidade, que traga muito amor, alegrias, felicidades e paz para todos nós. Então, sim, poderemos dizer: Feliz Natal!

 

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