Protagonista da vida salesiana desde os tempos da opressão comunista (1968-1990), após a queda do regime tornou-se superior da Inspetoria São João Bosco, entre os anos 1993-1999, dando um forte impulso ao crescimento e ao desenvolvimento do carisma salesiano no país.
Nascido na Boêmia do Norte, na região dos Sudetos, o padre Benno, cuja mãe era alemã, falava fluentemente o tcheco e o alemão. Conheceu os salesianos na época da perseguição à Igreja Católica (1948-1989), ainda menino, em sua cidade natal, Osek, e depois, na década de 1960, após se mudar para Praga, onde alguns salesianos viviam na clandestinidade, fazendo trabalhos manuais.
Padre Benno foi ordenado clandestinamente no exterior, em 1972, na Polônia, pelo arcebispo de Poznan, dom Antonio Baraniak. De 1973 a 1992, nos anos da chamada normalização na então Tchecoslováquia, padre Benes ocupou o cargo de vigário inspetorial. Durante o período de perseguição à Igreja Católica e a seus membros, organizou estruturas salesianas clandestinas, dinamizou a Pastoral Juvenil, especialmente por meio de atividades nos finais de semana e durante as férias de verão, cuidando do crescimento das vocações na Família Salesiana.
Desta maneira, no fim do totalitarismo comunista, já contava com 200 Salesianos, 35 Filhas de Maria Auxiliadora, 400 Salesianos Cooperadores e 70 Voluntárias de Dom Bosco.
A colheita do seu trabalho de animação e governo após a "Revolução de Veludo" de novembro de 1989 foi generosa. Mais: fundou, em Praga, o Instituto de Teologia e Pedagogia Social Jabok, a Editora Salesiana Portal e vários centros juvenis, em Ceske Budejovice, Plzen e Teplice. Além disso, os salesianos voltaram às casas que haviam construído antes da Guerra Mundial, em Praga, Pardubice, Ostrava e Brno.
“A memória do padre Benno Benes ficará gravada com letras de ouro no coração da Família Salesiana Tcheca”, conclui padre Zdenek Jancarik, diretor do Boletim Salesiano Tcheco.