“Só Tu és o meu desejo!”. Essa expressão de 1946, quando Silvio era apenas um jovem clérigo, se fez presente em 11 de outubro na abertura oficial da causa de beatificação e canonização do Servo de Deus (SdeD) Silvio Galli, Salesiano de Dom Bosco. Silvio nasceu em 10 de setembro de 1927 em Palazzolo Milanese, Milão, Itália, e faleceu na Casa Salesiana São Bernardino, de Chiari, em 12 de junho de 2012.
A presença de inúmeras pessoas no evento confirmou a fama de santidade que acompanha a memória viva deste religioso salesiano. Entre elas, três irmãos do SdeD, junto com os voluntários da Associação “Auxilium”, fundada pelo padre Galli, o padre Giuliano Giacomazzi, representando a Inspetoria Salesiana Lombardo-Emiliana, e diversos coirmãos.
O Reitor-mor, padre Ángel Fernández Artime, também marcou presença no evento e em sua saudação afirmou: “modelo de santidade sacerdotal e de autêntica vida consagrada, num tempo marcado por escândalos, abandonos, mundanismo; qual verdadeiro místico do Espírito, ancorado nas colunas da eucaristia e de Maria Auxiliadora; qual exemplo de sacerdote ‘em saída’, carregando em si ‘o cheiro das ovelhas’ e com uma grande singularidade: se é verdade que ele saía em busca de quem se perdera, a visitar os doentes, a confortar os detentos, etc”.
Em sua homilia dom Tremolada, bispo diocesano, disse: “era uma pessoa que vivia a caridade para com os pobres: a ‘Auxilium’ testemunha-o. Nele chamava a atenção a humildade, a brandura e a bondade: era uma pessoa boa que convocava à bondade. Vencia o mal com o bem. Tinha um modo todo seu de viver a eucaristia e nutria um profundo amor pela Santa Mãe de Deus”.
Para o Reitor-mor o padre Galli foi, sobretudo, um sacerdote a quem o povo acorria. “Não tinha necessidade, por assim dizer, de sair em busca dos outros, eram os outros que acorriam a ele...”. Era “profeta da sacralidade da vida, de toda a vida, sobretudo da mais fraca, indefesa, ferida, humilhada, explorada, marginalizada; (era) testemunha e encarnação de uma viva, acentuada e tipicamente salesiana paternidade espiritual”.