Pokémon Go – a última obsessão da sociedade

Terça, 23 Agosto 2016 14:41 Escrito por  Padre Steve Ryan, SDB
Pokémon Go – a última obsessão da sociedade InfoANS
Nas primeiras semanas depois do lançamento, o novo jogo para smartphone “Pokémon Go” virou autêntica mania, em todo o mundo. O jogo, como já muitos sabem, se baseia na localização e utilização da assim chamada “realidade aumentada”: por meio da foto-câmera do smartphone projeta a imagem de um ‘Pokémon’, criatura virtual, no jogo. O objetivo é capturar o maior número possível dessas criaturas e combater com os ‘Pokémons’ de outras pessoas. O campo de jogo é a própria posição e seus arredores. A combinação entre ‘virtual’ e ‘real’ parece ser o que tanto atrai as pessoas.

Pergunta-se: o que poderia acabar mal, andando pela cidade, colados ao telefone, em busca de criaturas fictícias? Pois bem, além das muitas histórias de gente que andou  torcendo os tornozelos, teve contusões e várias outras lesões, porque estavam mais preocupados em achar os ‘pokémons’ do que olhar por onde caminhavam, poder-se-ia acrescentar que o tempo e o esforço que uma pessoa teria podido aplicar na busca de ajuda a obter uma vida plena, acabaram aplicados numa simples distração.

A ‘pokémon-mania’ demonstra certamente que as pessoas, sobretudo, os jovens estão à procura de alguma coisa, (não só de ‘Pokémon’!). Eles querem uma aventura! Uma busca. Uma causa! Pena que a santidade não seja tão atraente para eles. E dizer que Deus é o nosso destino final; e que a santidade é ‘o verdadeiro jogo da vida’.

 

A nós, cristãos, compete achar um jeito de tornar a busca da santidade de tal forma atraente que chegue a vidrar as pessoas.

 

Em Illinois, EUA, reuniram-se multidões de pessoas, à 1h da madrugda, para procurar freneticamente um monstro chamado “Snorlax”. No Central Park de Nova York, centenas de jogadores foram vistos perseguindo, pelas ruas, smartphone à mão, mais um raro ‘Pokémon’. (….). O fato de que um jogo esteja atraindo, tanto, a atenção de todo o mundo é uma prova de que todos nós somos “investigadores”: temos um desejo inato de “procurar” alguma coisa. E essa alguma coisa, na realidade, é Deus! É desconcertante, entretanto, que tal busca do Onipotente possa ser facilmente desviada para a busca do prazer, do poder, do dinheiro. E, agora, nossa última mania seja desviada para criaturas virtuais.

 

‘Pokémon Go’ é mais um substituto “cool” da nossa busca inata do Senhor. Poderia alguém imaginar centenas de pessoas em desabalo pelas ruas, sem nenhum aviso prévio, a mostrar solidariedade para com os pobres e os marginalizados? Ou então a protestar contra os milhares de cristãos que no Oriente Médio e África são mortos por causa da sua Fé? Ou a manifestar pelos inocentes não-nascidos esquartejados no seio materno?

 

A sociedade se deixa levar por uma espécie de ‘cibertribalismo’ em que um celular, ou um jogo, vira xamã. Ali os jogadores têm todas as disposições para agir como indivíduos obcecados.

 

Quanto a mim: não! Obrigado! Continuarei na sequela de Jesus Cristo. E com radicalidade. Trata-se de uma obsessão que já dura cerca de 2.000 anos. E que não vai passar...

 

Padre Steve Ryan, SDB

 

 

 

Avalie este item
(0 votos)
Última modificação em Quarta, 24 Agosto 2016 01:13

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.


Pokémon Go – a última obsessão da sociedade

Terça, 23 Agosto 2016 14:41 Escrito por  Padre Steve Ryan, SDB
Pokémon Go – a última obsessão da sociedade InfoANS
Nas primeiras semanas depois do lançamento, o novo jogo para smartphone “Pokémon Go” virou autêntica mania, em todo o mundo. O jogo, como já muitos sabem, se baseia na localização e utilização da assim chamada “realidade aumentada”: por meio da foto-câmera do smartphone projeta a imagem de um ‘Pokémon’, criatura virtual, no jogo. O objetivo é capturar o maior número possível dessas criaturas e combater com os ‘Pokémons’ de outras pessoas. O campo de jogo é a própria posição e seus arredores. A combinação entre ‘virtual’ e ‘real’ parece ser o que tanto atrai as pessoas.

Pergunta-se: o que poderia acabar mal, andando pela cidade, colados ao telefone, em busca de criaturas fictícias? Pois bem, além das muitas histórias de gente que andou  torcendo os tornozelos, teve contusões e várias outras lesões, porque estavam mais preocupados em achar os ‘pokémons’ do que olhar por onde caminhavam, poder-se-ia acrescentar que o tempo e o esforço que uma pessoa teria podido aplicar na busca de ajuda a obter uma vida plena, acabaram aplicados numa simples distração.

A ‘pokémon-mania’ demonstra certamente que as pessoas, sobretudo, os jovens estão à procura de alguma coisa, (não só de ‘Pokémon’!). Eles querem uma aventura! Uma busca. Uma causa! Pena que a santidade não seja tão atraente para eles. E dizer que Deus é o nosso destino final; e que a santidade é ‘o verdadeiro jogo da vida’.

 

A nós, cristãos, compete achar um jeito de tornar a busca da santidade de tal forma atraente que chegue a vidrar as pessoas.

 

Em Illinois, EUA, reuniram-se multidões de pessoas, à 1h da madrugda, para procurar freneticamente um monstro chamado “Snorlax”. No Central Park de Nova York, centenas de jogadores foram vistos perseguindo, pelas ruas, smartphone à mão, mais um raro ‘Pokémon’. (….). O fato de que um jogo esteja atraindo, tanto, a atenção de todo o mundo é uma prova de que todos nós somos “investigadores”: temos um desejo inato de “procurar” alguma coisa. E essa alguma coisa, na realidade, é Deus! É desconcertante, entretanto, que tal busca do Onipotente possa ser facilmente desviada para a busca do prazer, do poder, do dinheiro. E, agora, nossa última mania seja desviada para criaturas virtuais.

 

‘Pokémon Go’ é mais um substituto “cool” da nossa busca inata do Senhor. Poderia alguém imaginar centenas de pessoas em desabalo pelas ruas, sem nenhum aviso prévio, a mostrar solidariedade para com os pobres e os marginalizados? Ou então a protestar contra os milhares de cristãos que no Oriente Médio e África são mortos por causa da sua Fé? Ou a manifestar pelos inocentes não-nascidos esquartejados no seio materno?

 

A sociedade se deixa levar por uma espécie de ‘cibertribalismo’ em que um celular, ou um jogo, vira xamã. Ali os jogadores têm todas as disposições para agir como indivíduos obcecados.

 

Quanto a mim: não! Obrigado! Continuarei na sequela de Jesus Cristo. E com radicalidade. Trata-se de uma obsessão que já dura cerca de 2.000 anos. E que não vai passar...

 

Padre Steve Ryan, SDB

 

 

 

Avalie este item
(0 votos)
Última modificação em Quarta, 24 Agosto 2016 01:13

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.