Outubro: mês de nos colocarmos em estado permanente de missão

Terça, 08 Outubro 2019 10:20 Escrito por  Anderson Bueno – delegado inspetorial de Comunicação da Inspetoria Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora
Outubro: mês de nos colocarmos em estado permanente de missão Missão realizada por alunos do UniSalesiano a aldeia Xavante, 2018
Pode parecer difícil ser um missionário frente a um mundo de tantos males. Pode parecer que não somos capazes, mas, se mantivermos a fé, e não meramente uma fé individual, é possível.  

Outubro é considerado o Mês das Missões. Sua ênfase se dá desde o dia 1º, em que a Igreja celebra a memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus - padroeira das missões e doutora da Igreja - e segue até o terceiro domingo do mês com o Dia Mundial das Missões.

 

Em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, com o título “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”, o Papa Francisco, entre outras questões, fala sobre o reencontro com nossa fé em Jesus Cristo recebida pelo sacramento do Batismo: “O ato, pelo qual somos feitos filhos de Deus, sempre é eclesial, nunca individual: da comunhão com Deus, Pai e Filho e Espírito Santo, nasce uma vida nova partilhada com muitos outros irmãos e irmãs. E esta vida divina não é um produto para vender – não fazemos proselitismo –, mas uma riqueza para dar, comunicar, anunciar: eis o sentido da missão”.

 

Sermos homens e mulheres de Deus, que anunciam Deus, que vivem Deus, que refletem Deus em suas ações, em seus exemplos de vida, abertos a ir ao encontro do outro, dentro e fora dos muros da Igreja. “Como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós, cheios de Espírito Santo para a reconciliação do mundo (cf. Jo 20, 19-23; Mt 28, 16-20)”.

 

Não se trata de um envio apenas aos apóstolos consagrados, a padres, freiras e irmãos, mas a todo cristão, que é enviado para ser um missionário onde estiver, seja nas missões ad gentes, quando os missionários são enviados a outros povos, seja nas missões populares, no trabalho nas diversas pastorais das paróquias e congregações, durante o trabalho, no lazer, na vida escolar ou acadêmica.

 

Pode parecer difícil ser um missionário frente a um mundo de tantos males. Pode parecer que não somos capazes, mas, se mantivermos a fé, e não meramente uma fé individual, não a fé do “livrai-me de todo o mal” como se vê nos adesivos de carros, mas “livrai-nos de todo o mal” como realmente diz o Pai Nosso, é possível.

 

Em seu texto na Estreia, o Reitor-mor dos Salesianos e décimo sucessor de Dom Bosco, padre Ángel Fernández Artime, faz a provocação e o chamado: “A santidade é também para você”. Ser missionário é, na essência, ser cristão. E ser cristão é perseguir a santidade. Não uma santidade com o peso de se policiar para não cometer o pecado, mas uma santidade leve, com a alegria de ser e fazer o bem e com ele difundir o amor de Deus.

 

Sejamos missionários não somente em outubro, mas todos os dias, em um exercício contínuo que, com o tempo, se torna natural. E quando se tornar natural poderemos dizer que estamos atendendo ao que a Igreja nos pede: um estado permanente de missão.

 

Batizados e enviados

O Papa Francisco proclamou outubro de 2019 como um Mês Missionário Extraordinário. O objetivo, conforme explicado na convocação, é “despertar em medida maior a consciência da missio ad gentes (missão em países diferentes daquele de origem do missionário) e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. Trata-se de um acontecimento eclesial de grande importância, que abrange a Igreja e os católicos no mundo todo.

 

Tradicionalmente, o mês de outubro já é considerado como “Mês Missionário” pela Igreja, visto que em 20 de outubro é celebrado o Dia Mundial das Missões. Para esta data, o Papa escreve sempre uma mensagem. No início da mensagem deste ano, o Papa Francisco explica: “Pedi a toda a Igreja que vivesse um tempo extraordinário de missionariedade no mês de outubro de 2019, para comemorar o centenário da promulgação da Carta apostólica Maximum illud, do Papa Bento XV (30 de novembro de 1919). A clarividência profética da sua proposta apostólica confirmou-me como é importante, ainda hoje, renovar o compromisso missionário da Igreja, potenciar evangelicamente a sua missão de anunciar e levar ao mundo a salvação de Jesus Cristo, morto e ressuscitado”.

 

O Sumo Pontífice ressalta também na mensagem a coincidência providencial do Mês Missionário Extraordinário com a celebração do Sínodo Especial para a Amazônia e afirma que isso o leva a “assinalar como a missão, que nos foi confiada por Jesus com o dom do seu Espírito, ainda seja atual e necessária também para aquelas terras e seus habitantes. Um renovado Pentecostes abra de par em par as portas da Igreja, a fim de que nenhuma cultura permaneça fechada em si mesma e nenhum povo fique isolado, mas se abra à comunhão universal da fé”.

Leia AQUI a íntegra da mensagem

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Última modificação em Terça, 08 Outubro 2019 10:27

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Outubro: mês de nos colocarmos em estado permanente de missão

Terça, 08 Outubro 2019 10:20 Escrito por  Anderson Bueno – delegado inspetorial de Comunicação da Inspetoria Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora
Outubro: mês de nos colocarmos em estado permanente de missão Missão realizada por alunos do UniSalesiano a aldeia Xavante, 2018
Pode parecer difícil ser um missionário frente a um mundo de tantos males. Pode parecer que não somos capazes, mas, se mantivermos a fé, e não meramente uma fé individual, é possível.  

Outubro é considerado o Mês das Missões. Sua ênfase se dá desde o dia 1º, em que a Igreja celebra a memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus - padroeira das missões e doutora da Igreja - e segue até o terceiro domingo do mês com o Dia Mundial das Missões.

 

Em sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, com o título “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”, o Papa Francisco, entre outras questões, fala sobre o reencontro com nossa fé em Jesus Cristo recebida pelo sacramento do Batismo: “O ato, pelo qual somos feitos filhos de Deus, sempre é eclesial, nunca individual: da comunhão com Deus, Pai e Filho e Espírito Santo, nasce uma vida nova partilhada com muitos outros irmãos e irmãs. E esta vida divina não é um produto para vender – não fazemos proselitismo –, mas uma riqueza para dar, comunicar, anunciar: eis o sentido da missão”.

 

Sermos homens e mulheres de Deus, que anunciam Deus, que vivem Deus, que refletem Deus em suas ações, em seus exemplos de vida, abertos a ir ao encontro do outro, dentro e fora dos muros da Igreja. “Como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós, cheios de Espírito Santo para a reconciliação do mundo (cf. Jo 20, 19-23; Mt 28, 16-20)”.

 

Não se trata de um envio apenas aos apóstolos consagrados, a padres, freiras e irmãos, mas a todo cristão, que é enviado para ser um missionário onde estiver, seja nas missões ad gentes, quando os missionários são enviados a outros povos, seja nas missões populares, no trabalho nas diversas pastorais das paróquias e congregações, durante o trabalho, no lazer, na vida escolar ou acadêmica.

 

Pode parecer difícil ser um missionário frente a um mundo de tantos males. Pode parecer que não somos capazes, mas, se mantivermos a fé, e não meramente uma fé individual, não a fé do “livrai-me de todo o mal” como se vê nos adesivos de carros, mas “livrai-nos de todo o mal” como realmente diz o Pai Nosso, é possível.

 

Em seu texto na Estreia, o Reitor-mor dos Salesianos e décimo sucessor de Dom Bosco, padre Ángel Fernández Artime, faz a provocação e o chamado: “A santidade é também para você”. Ser missionário é, na essência, ser cristão. E ser cristão é perseguir a santidade. Não uma santidade com o peso de se policiar para não cometer o pecado, mas uma santidade leve, com a alegria de ser e fazer o bem e com ele difundir o amor de Deus.

 

Sejamos missionários não somente em outubro, mas todos os dias, em um exercício contínuo que, com o tempo, se torna natural. E quando se tornar natural poderemos dizer que estamos atendendo ao que a Igreja nos pede: um estado permanente de missão.

 

Batizados e enviados

O Papa Francisco proclamou outubro de 2019 como um Mês Missionário Extraordinário. O objetivo, conforme explicado na convocação, é “despertar em medida maior a consciência da missio ad gentes (missão em países diferentes daquele de origem do missionário) e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. Trata-se de um acontecimento eclesial de grande importância, que abrange a Igreja e os católicos no mundo todo.

 

Tradicionalmente, o mês de outubro já é considerado como “Mês Missionário” pela Igreja, visto que em 20 de outubro é celebrado o Dia Mundial das Missões. Para esta data, o Papa escreve sempre uma mensagem. No início da mensagem deste ano, o Papa Francisco explica: “Pedi a toda a Igreja que vivesse um tempo extraordinário de missionariedade no mês de outubro de 2019, para comemorar o centenário da promulgação da Carta apostólica Maximum illud, do Papa Bento XV (30 de novembro de 1919). A clarividência profética da sua proposta apostólica confirmou-me como é importante, ainda hoje, renovar o compromisso missionário da Igreja, potenciar evangelicamente a sua missão de anunciar e levar ao mundo a salvação de Jesus Cristo, morto e ressuscitado”.

 

O Sumo Pontífice ressalta também na mensagem a coincidência providencial do Mês Missionário Extraordinário com a celebração do Sínodo Especial para a Amazônia e afirma que isso o leva a “assinalar como a missão, que nos foi confiada por Jesus com o dom do seu Espírito, ainda seja atual e necessária também para aquelas terras e seus habitantes. Um renovado Pentecostes abra de par em par as portas da Igreja, a fim de que nenhuma cultura permaneça fechada em si mesma e nenhum povo fique isolado, mas se abra à comunhão universal da fé”.

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