Durante o Ângelus de 1° de setembro o Papa Francisco anunciou um Consistório para a criação de dez novos cardeais. Entre eles, o Papa nomeou o salesiano dom Cristóbal López Romero, arcebispo de Rabat, Marrocos.
“Renovo quanto já expliquei quando fui nomeado bispo: o meu título e diploma de maior categoria é ser «filho de Deus», conferido pelo batismo. Já estou no cimo (como a maior parte de vós): não posso subir mais ou ser promovido, porque mais do que «filho de Deus» não se pode ser”, disse Romero sobre a sua nomeação.
Dom López Romero nasceu em 19 de maio de 1952, em Vélez-Rubio, Espanha. Fez o noviciado salesiano em Godelleta. Pronunciou a 1ª profissão em 16 de agosto de 1968 e a perpétua em 2 de agosto de 1974. Foi ordenado de sacerdote no dia 19 de maio de 1979.
Seu serviço à Congregação Salesiana foi variado. Logo depois de ordenado, dedicou-se à Pastoral com marginalizados, em Barcelona. Foi diretor do Boletim Salesiano (BS), do Paraguai (1991-92) e, em seguida, nomeado superior em três diferentes inspetorias: no Paraguai (1994-2000), na Bolívia (2011-2014) e na Espanha-Maria Auxiliadora (2014-2017).
Entre o período de 2003 a 2011 foi diretor de comunidade, de pastoral paroquial e escolar no Centro de Formação Profissional, de Kénitra, Marrocos. Exatamente por esse seu serviço, e das boas relações estabelecidas com líderes religiosos – cristãos e muçulmanos presentes no Marrocos – em 29 de dezembro de 2017 o Papa Francisco o nomeou arcebispo de Rabat. Nessa condição, acompanhou, no último mês de março, o Santo Padre durante a sua viagem apostólica no Marrocos.
No dia da sua nomeação, em que a liturgia recordou “Quanto mais fores grande tanto mais sê humilde (Sir 3,18), Dom López Romero escreveu em sua página do Facebook:
Caros amigos... Gostaria de poder responder a todas as mensagens que recebi... Mas não posso: são por demais numerosas! …. Gostaria que cada saudação se tornasse uma oração pelo Papa, pela Igreja, por esta Arquidiocese de Rabat e por mim. Agradeço ao Papa Francisco pela deferência demonstrada e entendo continuar a servir a Igreja, ajudando-a com tudo quanto Ela precisar. (.…) Ser bispo, sacerdote, cardeal, Papa... nada mais é que um serviço concreto à Igreja e na Igreja... Não eleva acima de ninguém. (.…)
A responsabilidade recebida me excede, me supera. Mas para levá-la a bom termo conto com Aquele que iniciou a Sua obra em mim. “Venha a nós o vosso Reino!”.