Luigi (Luís) Bolla nasceu em Schio (Itália), no dia 11 de agosto de 1932, de uma família profundamente cristã. Aos 12 anos, na capela do oratório ouviu uma voz que lhe dizia: “serás um missionário na selva, por entre indígenas e lhes darás a minha Palavra. Caminharás muito a pé”.
Fez os primeiros votos salesianos no dia 16 de agosto de 1949. Em 1953, com 21 anos, partiu para o Equador, onde, após os estudos teológicos, se ordenou de sacerdote, em 28 de outubro de 1959.
Aprendeu rapidamente o espanhol e a língua indígena ‘shuar’. Entretanto, o chamado de Deus era outro: queria que doasse a vida ao povo ‘Achuar’. Constatando que a maioria dos ‘Achuar’ estava no Peru, passou em fevereiro de 1984 definitivamente àquela Inspetoria Salesiana (PER) para trabalhar no Vicariato Apostólico de Yurimaguas. Mas esperavam-no anos de solidão e isolamento, por causa das distâncias e da falta de irmãos na comunidade. Sem perder sua identidade salesiana e sacerdotal, identificou-se com o povo ‘Achuar’. E, apesar dos perigos e dificuldades de todos os gêneros, nunca perdeu a confiança em Deus. Continuou a estudar os usos, a etnologia e a cultura do ‘seu’ povo.
A sua missão principal sempre foi a de anunciar o Evangelho a todos os ‘Achuar’, a quem amava como filhos. Ao mesmo tempo, trabalhou tenazmente para acompanhar o povo Achuar em sua organização: encorajou-lhe a educação e zelou pela saúde e desenvolvimento deles, recebendo em troca amor e apreço sob o nome: “Yánkuam’ Jintia: Estrela luminosa do caminho”. Morreu em Lima no dia 6 de fevereiro de 2013.
Dele escreveu o Reitor-mor, padre Ángel Fernández Artime: “A herança espiritual e cultural do padre Bolla é extraordinária, e o início da sua causa de beatificação nos permite conservá-la, aprofundá-la e transmiti-la. Além disso, a atualidade desta causa é o grande respiro que assume relacionada à celebração do Sínodo dos Bispos sobre o tema Amazônia: novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral. Um Sínodo que, como fez o padre Bolla, parte da escuta dos povos indígenas e das comunidades que vivem na Amazônia”.
Com a causa do padre Bolla sobem para 171 os candidatos à santidade declarada da Família Salesiana.