“Em razão de ser o autor do Projeto de Formação dos Salesianos Cooperadores do Brasil e tendo trabalhado no projeto SEAME, com os menores em situação de rua de Piracicaba, sempre como voluntário, estabeleci laços fraternos com o padre Luiz Gonzaga Píccoli, eix-nspetor salesiano de São Paulo. Quando ele tornou-se inspetor da Visitadoria de Angola (2000 a 2005), ele convidou-me, inicialmente, para implementar o Projeto de Formação entre os Salesianos Cooperadores de Angola e, depois, juntamente com ele, a organizar a Associação em Angola como Província. Foram reuniões formativas em Luana (capital), Luena e Dondo, sendo que nesta última, abrangemos também os Salesianos Cooperadores de Calulo e Ndalantano.
Como Salesianos Cooperadores, aprendemos que o mundo é o nosso ministério. Não importa onde, aqui, lá, acolá... Todavia, o “sai da tua terra e vai onde te mostrarei” sempre me seduziu e Angola, então, me fora mostrada. Conheci-a no auge da sua miséria, recém-saída de uma guerra de 27 anos. Na esperança de um povo sofrido, mas corajoso e determinado. Na generosidade de tantos salesianos: SDB, FMA, VDB, religiosos e voluntários se doando intemeratos. Eu que, quando na ativa, sempre a trabalho, estive em tantos países ricos, senti, como jamais o sentira, a necessidade de amar o meu próximo e a grandeza de receber o carinho de quem não tem nada a partilhar senão o amor e a esperança.
Acredito que missionário é aquele que se identifica como operário da messe - “A Messe é grande e precisa de operários”. O missionário é um servidor e o somos com os pés quando nos deslocamos, com os joelhos quando permanecemos e com as mãos quando ajudamos”.