Simeão, "homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel" e Ana, que "nunca saía do templo", reconheceram no Menino, que Maria trazia nos braços, a salvação tão esperada. São eles, Simão e Ana, os protagonistas da passagem do Evangelho da Festa da Apresentação do Senhor de hoje, popularmente conhecida como Festa da Candelária, na qual celebramos também o XXVIII Dia Mundial da Vida Consagrada, instituído por São João Paulo II em 1997.
Pacientes na espera
"Faz-nos bem olhar para esses dois idosos que são pacientes na espera, vigilantes no espírito e perseverantes na oração", afirmou Francisco no início de sua homilia: “Simeão e Ana são dois idosos, mas mantiveram seus corações jovens, apesar das dificuldades e decepções ‘eles não aposentaram a esperança’ e mantiveram viva a expectativa pela vinda do Senhor”.
Símbolo de Cristo
Com a Basílica sem iluminação, os fiéis, em sua maioria homens e mulheres consagrados pertencentes às várias congregações e institutos religiosos, seguram em suas mãos as velas acesas que foram abençoadas e seguiram em procissão, conduzida pelo cardeal João Braz de Aviz, prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em direção ao altar.
A luz é um símbolo de Cristo, luz dos gentios e salvação para o mundo. O Dia Mundial da Vida Consagrada é uma ocasião de oração e ação de graças por esse chamado especial de Deus, de propagar a luz de Cristo através dos inúmeros carismas dos institutos religiosos.
Obstáculos
O Papa também afirmou que a capacidade de esperar é frequentemente prejudicada por dois obstáculos: o primeiro é "a negligência da vida interior" e o segundo: é "a adaptação ao estilo do mundo que acaba tomando o lugar do Evangelho".
“Estejamos atentos para que o espírito do mundo não entre em nossas comunidades religiosas, não entre na vida da Igreja e na caminhada de cada um de nós, caso contrário não produziremos frutos. A vida cristã e a missão apostólica precisam que a espera, amadurecida na oração e na fidelidade cotidiana, nos liberte do mito da eficiência, da obsessão pelo rendimento e, sobretudo, da pretensão de fechar Deus em nossas categorias, porque Ele sempre vem de maneira imprevisível, Ele sempre vem em tempos que não são os nossos e de maneiras que não são aquelas que esperamos”, afirmou o pontífice.
Por fim, o Papa Francisco afirmou: “deixemo-nos interpelar, deixemo-nos mover pelo Espírito, como Simeão e Ana. Se vivermos, como eles, a expectativa salvaguardando a vida interior e permanecendo coerentes com o estilo do Evangelho, abraçaremos Jesus, luz e esperança da vida, finaliza Francisco.
Fonte: Agência Info Salesiana com Vatican News