A etapa nacional reuniu mais de 700 estudantes de escolas públicas e particulares de todo o país nos dias 19 e 20 de março no Sesi Taguatinga, no Distrito Federal. Participaram as 77 equipes que obtiveram a classificação nas etapas regionais. Dentre os times, os 15 com melhor desempenho garantiram vagas para representar o país em torneios internacionais nos Estados Unidos, Austrália, Espanha e Filipinas.
Durante o torneio, os estudantes mostraram, na teoria, com projetos de pesquisa, e na prática, com robôs de LEGO, propostas para lidar com o lixo. Nessa temporada, o desafio é o Trash Trek, que envolve a busca de soluções para o lixo do cotidiano.
Acompanhado pelo professor de robótica da escola, Leonardo Curtolo Leandro, com o apoio da professora mentora Eneida Maria Spatti, que coordenam a equipe Insabots, o projeto de pesquisa do INSA consiste no desenvolvimento do aplicativo PEG (Projeto Ecobots Gamificado), direcionado, primeiramente, aos alunos da escola, que marcam pontos conforme praticam ações corretas no destino do lixo. Sua aplicação é feita em parceria com a cantina da escola, responsável por depositar os pontos individuais dos alunos.
“Esse projeto recebeu um aprimoramento do seu formato inicial, que era voltado para conscientização e sensibilização dos alunos de escolas públicas e particulares sobre o destino do lixo do nosso dia a dia. A equipe Insabots havia implantado um Ecoponto na escola, que servia como ponto de coleta e separação correta de lixo e, paralelamente, produziu uma cartilha que orientava como reduzir, reciclar e reutilizar o lixo produzido dentro do ambiente escolar”, explica Leonardo. A intenção é ampliar a ação e o aplicativo para outros pontos de coleta de lixo da cidade, como farmácias que recolhem medicamentos.
No torneio, além da apresentação dos projetos, os alunos manipularam os robôs autônomos, que tinham que cumprir missões na mesa de competição como, por exemplo, levar determinado tipo de lixo para um aterro. Outros pontos avaliados foram o design do robô, etapa em que os alunos planejam, projetam, constroem e programam os robôs, e trabalho em equipe, respeito e integração.
Ao inserir a robótica em sala de aula, o torneio estimula o aprendizado de conteúdos de física, química, biologia e matemática, com mais inovação, criatividade e raciocínio lógico. A competição também incentiva os alunos a escolherem carreiras nas áreas de engenharias e tecnologias, fundamentais para a inovação nas empresas.
Próximo desafio: Sidney
Agora a Insabots se prepara para o Torneio Aberto em Sidney, na Austrália, que ocorrerá de 3 a 5 de junho.
Durante a premiação, o diretor de operações do SESI, Marcos Tadeu de Siqueira, ressaltou que o torneio superou todas as expectativas, tecnicamente, em relação ao desempenho das equipes, e também pela participação do público. “Isso mostra que a nossa missão de estimular os jovens a investir nas áreas de engenharias e tecnologias, por meio da robótica, foi cumprida. Neste ano tivemos um recorde na participação de equipes”, afirmou.
Os organizadores também anunciaram o tema da próxima temporada do torneio, realizado mundialmente: Animal Allies, em que os estudantes vão explorar a relação entre pessoas e animais.
