Salesiano combate a pobreza ao lado do estádio que abriu a Copa do Mundo 2014

Quarta, 18 Junho 2014 10:06 Escrito por  InfoANS
Salesiano combate a pobreza ao lado do estádio que abriu a Copa do Mundo 2014 InfoANS
A Arena Corinthians, onde há poucos dias foi iniciada oficialmente a Copa do Mundo 2014, fica no humilde bairro de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Lá residem aproximadamente 3,3 milhões pessoas, entre os cerca de 19 milhões de habitantes da Região Metropolitana da Capital paulista, uma dentre as mais populosas do mundo. “Aqui era tudo campo e favelas, quando cheguei, em 1981”, conta o padre Rosalvino Morán Viñayo, salesiano de origem espanhola, crescido desde aspirante no estado de São Paulo, onde chegou emigrado com os pais e seus numerosos irmãos.

Quando ele chegou a Itaquera, os senhores da droga que ali imperavam lhe apontaram um revólver no peito. Muitos outros antes dele receberam as mesmas ameaças de morte e deixaram o lugar. Mas o padre Rosalvino não cedeu: “Disse-lhes que me deixassem trabalhar, porque faria com que os seus filhos tivessem um futuro”. Ao que responderam: “Nós não mudaremos porque somos traficantes. Entretanto o senhor poderá ajudar os nossos irmãos e os nossos filhos”. Foi nesses termos que lhe fizeram compreender que o teriam deixado trabalhar em paz.

Desde então o salesiano, juntamente com os seus colaboradores, comandou a construção de laboratórios de formação profissional que a Inspetoria Salesiana planejara implantar,  criou escolas de capoeira e ginástica rítmica, uma banda musical e um moderno centro de projetação gráfica. São cerca de  20 cursos e programas em favor dos jovens e do povo de Itaquera, sem contar a Paróquia, elo de toda a população.

Agora os filhos dos senhores da droga são grandes atletas, atores, musicistas, padeiros ou mecânicos; enquanto o Centro Dom Bosco de Itaquera é um exemplo de como se pode transformar o mundo por meio da educação.

O conjunto implantado dá assistência, entre outros, a jovens ex-detentos em liberdade condicional e os prepara a reinserir-se na sociedade: um psicólogo, um advogado e um assistente social acompanham esse processo, que exige pelo menos sete meses de tempo, durante os quais os jovens ex-detentos convivem com os outros alunos da escola, entre os quais se encontram também meninos carentes e muitos jovens que, para frequentar as aulas, fazem cotidianamente até um percurso de 20 quilômetros.

O sucesso da proposta salesiana salta aos olhos desde que se transpõe o portão de acesso do Centro. Centenas de jovens, de diferentes idades saúdam o visitante, espalhados entre o refeitório, que prepara 7000 refeições por dia, e as várias aulas de informática, salão de beleza, oficinas de sapataria, eletrônica, corte e costura, educação física e musical, que parece nunca mais terminar.

Portanto, há um motivo se o governo do país pediu o auxílio ao salesiano para contrastar a criminalidade, a fome e os problemas de dispersão escolar na cidade, e se a Prefeitura de São Paulo assinou um convênio no valor de R$ 90.000,00 para manter as oficinas com as quais o Centro Salesiano ajuda a viver, a dar esperança e objetivos a mais de 12.000 jovens, que de outra forma teriam ido, muito provavelmente, parar nos braços da droga, do cárcere e da morte prematura.

 

InfoANS - com informações do site da Prefeitura de São Paulo

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Última modificação em Quarta, 18 Junho 2014 11:31

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Quarta, 18 Junho 2014 10:06 Escrito por  InfoANS
Salesiano combate a pobreza ao lado do estádio que abriu a Copa do Mundo 2014 InfoANS
A Arena Corinthians, onde há poucos dias foi iniciada oficialmente a Copa do Mundo 2014, fica no humilde bairro de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Lá residem aproximadamente 3,3 milhões pessoas, entre os cerca de 19 milhões de habitantes da Região Metropolitana da Capital paulista, uma dentre as mais populosas do mundo. “Aqui era tudo campo e favelas, quando cheguei, em 1981”, conta o padre Rosalvino Morán Viñayo, salesiano de origem espanhola, crescido desde aspirante no estado de São Paulo, onde chegou emigrado com os pais e seus numerosos irmãos.

Quando ele chegou a Itaquera, os senhores da droga que ali imperavam lhe apontaram um revólver no peito. Muitos outros antes dele receberam as mesmas ameaças de morte e deixaram o lugar. Mas o padre Rosalvino não cedeu: “Disse-lhes que me deixassem trabalhar, porque faria com que os seus filhos tivessem um futuro”. Ao que responderam: “Nós não mudaremos porque somos traficantes. Entretanto o senhor poderá ajudar os nossos irmãos e os nossos filhos”. Foi nesses termos que lhe fizeram compreender que o teriam deixado trabalhar em paz.

Desde então o salesiano, juntamente com os seus colaboradores, comandou a construção de laboratórios de formação profissional que a Inspetoria Salesiana planejara implantar,  criou escolas de capoeira e ginástica rítmica, uma banda musical e um moderno centro de projetação gráfica. São cerca de  20 cursos e programas em favor dos jovens e do povo de Itaquera, sem contar a Paróquia, elo de toda a população.

Agora os filhos dos senhores da droga são grandes atletas, atores, musicistas, padeiros ou mecânicos; enquanto o Centro Dom Bosco de Itaquera é um exemplo de como se pode transformar o mundo por meio da educação.

O conjunto implantado dá assistência, entre outros, a jovens ex-detentos em liberdade condicional e os prepara a reinserir-se na sociedade: um psicólogo, um advogado e um assistente social acompanham esse processo, que exige pelo menos sete meses de tempo, durante os quais os jovens ex-detentos convivem com os outros alunos da escola, entre os quais se encontram também meninos carentes e muitos jovens que, para frequentar as aulas, fazem cotidianamente até um percurso de 20 quilômetros.

O sucesso da proposta salesiana salta aos olhos desde que se transpõe o portão de acesso do Centro. Centenas de jovens, de diferentes idades saúdam o visitante, espalhados entre o refeitório, que prepara 7000 refeições por dia, e as várias aulas de informática, salão de beleza, oficinas de sapataria, eletrônica, corte e costura, educação física e musical, que parece nunca mais terminar.

Portanto, há um motivo se o governo do país pediu o auxílio ao salesiano para contrastar a criminalidade, a fome e os problemas de dispersão escolar na cidade, e se a Prefeitura de São Paulo assinou um convênio no valor de R$ 90.000,00 para manter as oficinas com as quais o Centro Salesiano ajuda a viver, a dar esperança e objetivos a mais de 12.000 jovens, que de outra forma teriam ido, muito provavelmente, parar nos braços da droga, do cárcere e da morte prematura.

 

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