Bispos referenciais para a juventude de todo Brasil se reuniram nesta quarta e terça-feira, dias 12 e 13 de março, em Brasília, em um encontro conduzido pelo presidente da Comissão para Juventude da CNBB e bispo Auxiliar de Campo Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro.
Na ocasião, eles debateram questões como evangelização dos jovens no país, Jornada Mundial da Juventude, novo documento de estudo da CNBB – “Pastoral Juvenil no Brasil: Identidade e Horizontes” – e tudo isso com um tom de grande expectativa: a vinda do novo Papa ao Brasil, por ocasião da JMJ, em julho deste ano.
Eles estavam na sala de reuniões, na tarde de ontem, quando se deu a notícia da fumaça branca saindo da Capela Sistina, no Vaticano. A partir desse momento, a atitude não poderia ser outra: pararam tudo para assistirem pela TV o anúncio do nome do novo Sucessor de Pedro.
De acordo com o arcebispo de Passo Fundo, Dom Antônio Carlos Altieri, a vinda do Papa Francisco representará um marco profundo na história da Igreja no país e será uma concretização da Nova Evangelização, conforme encaminhado pelo Papa Emérito Bento XVI na Igreja Católica. “O novo Papa nos ajudará a atuar de forma renovada depois dessa Jornada. Seremos um foco de irradiação de muita graça para o mundo todo”, felicitou.
Legado da JMJ
Um dos assuntos de destaque entre os bispos foi o pós JMJ. A Jornada será um grande evento com a presença do Santo Padre e de jovens do mundo inteiro. Mas como extrair deste precioso momento legados para os jovens do país?
De acordo com o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Nelson Francelino Ferreira, a Jornada Mundial deve suscitar debates nas diversas instâncias da sociedade a fim de que se olhe não somente para os jovens da Igreja, mas na juventude como um todo e nas questões que a envolve como educação, emprego, drogas, ausência de verdadeiros valores etc.
“Creio que a Campanha da Fraternidade de 2013, o Ano da Fé, a visita dos símbolos da JMJ, a Semana Missionária e a própria Jornada vão deixar essa grande discussão sobre o cenário da juventude. Quero crer que, com isso, cada segmento social vai trazer repercussões práticas e, assim, presentear a juventude ampliando os seus horizontes”, afirmou.
Por fim, Dom Nelson ressaltou que os católicos não podem prender esses debates “dentro dos muros da Igreja”, mas, ao contrário, que a sociedade seja provocada a assumir sua responsabilidade diante da juventude.
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